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Secretária contesta governo estadual

Ribeirão Pires afirma ter entregado plano de
obras de complexo hospitalar em março deste ano

Por Daniel Macário
Do Diário do Grande ABC
17/08/2017 | 07:00
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Montagem/DGABC


 A Prefeitura de Ribeirão Pires contestou ontem a informação fornecida pelo governo do Estado de que o município não teria entregado o plano de obras para retomada da construção do complexo hospitalar da cidade. Segundo a secretária de Saúde e Higiene do município, Patrícia Aparecida de Freitas, o documento foi protocolado em março deste ano, no Palácio dos Bandeirantes, e, desde então, segue no aguardo de análise da cúpula estadual. “Fizemos planilha orçamentária separada por módulos (conforme solicitação do próprio governo estadual)...e esse documento foi entregue em nome do governador (Geraldo Alckmin – PSDB) e recebido lá no gabinete no dia 2 de março, conforme está protocolado aqui (na nossa via)”, disse, mostrando o documento.

Conforme noticiado na terça-feira pelo Diário, o plano de obras do equipamento de Saúde, atualmente, é o único documento pendente para que o Estado possa, de fato, dar aval positivo para que o município receba verba extra, na ordem de R$ 7 milhões, que será destinada para a retomada das obras do Complexo Hospitalar de Ribeirão Pires, iniciadas há nove anos.

Segundo a secretária, desde a data em que o documento foi protocolado, a atual gestão tentou por diversas vezes agendar reuniões com o governador Geraldo Alckmin e com o secretário de Saúde do Estado, David Uip. Porém, em todas as ocasiões teve retorno negativo para os encontros.

Em maio, a Prefeitura chegou a ter aprovação prévia do documento, por meio do Departamento Regional de Saúde 1 da Grande São Paulo, responsável por promover reuniões mensais com gestores de Saúde da região e levar para o Estado as demandas de cada município. Na ocasião, a diretoria técnica que representava o Estado, Maria de Fátima Sanchez Videira, chegou a oficializar, por meio de ata, o aval. No entanto, até o momento o Palácio não se manifestou sobre o assunto. “Agora, vou sentar com o prefeito (Adler Kiko Teixeira – PSB) para estudarmos qual estratégia iremos utilizar para conversar com o Estado”, diz Patrícia.

Iniciada em 2008, a construção do Complexo Hospitalar completou em junho nove anos com obras inacabadas. Localizado ao lado da UPA (Unidade de Pronto Atendimento) Santa Luzia, o equipamento, que teria capacidade para 123 leitos, está completamente sem acabamento, tendo apenas a estrutura das torres principais consolidada. Funcionários da empreiteira responsável pela obra sequer dão expediente no canteiro de obras.

 

Construção de hospital será dividida em módulos

Paralisada completamente há quatro anos, a construção do Complexo Hospitalar de Ribeirão Pires será dividida em três módulos, caso venha a receber verba extra do governo estadual.

Segundo a secretária de Saúde e Higiene do município, Patrícia Aparecida de Freitas, a medida atende a pedido feito pelo próprio governador Geraldo Alckmin (PSDB) para o Estado controlar cada etapa da construção.

Conforme previsto no plano de obras entregue pela gestão da cidade, na primeira etapa, onde será empenhado R$ 3,3 milhões, os trabalhos serão focados no pavimento térreo – espaço que receberá o centro obstétrico – e na conservação do equipamento.

Orçada em R$ 2,3 milhões, a segunda etapa prevê a conclusão de dois pavimentos, onde serão instalados o centro clínico e maternidade.

Por fim, a terceira e última fase prevê gastos na ordem de R$ 2,1 milhões para aquisição de mobiliários e infraestrutura, como câmeras, ar-condicionado, dentre outros.

Questionada se a divisão da obras em módulos poderia interferir no prazo de entrega das obras, a secretária descartou a possibilidade. No entanto, não soube informar a previsão para concluir os trabalhos

 




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