Fanático pelo VW Fusca desde sempre, nosso entrevistado acabou comprando, em 2001, por desejo de sua mulher, um Fiat Spazio. Anos mais tarde, quando descobriu que seria pais de gêmeos, o casal foi obrigado a pensar num carro maior para transportar a família. “Com muita dor no coração, acabei vendendo o pequeno italiano (que é a terceira geração do compacto 147)”, conta o gerenciador de fornecedores Renato Daleffi, 46 anos, que mora em São Bernardo.
Porém, anos mais tarde (em abril de 2016) ressurgiu a oportunidade de ter um Spazio. “Um amigo me ofereceu e não pensei duas vezes para fechar negócio”, conta ele, que é o terceiro dono do veículo, de 1983.
A raridade não tem nenhuma restauração, tanto que ganhou placa preta (um mês após a compra) com 95% de originalidade. “Só troquei os pneus, já sem possibilidade de uso”, conta Daleffi, que não usa o carro no dia a dia. “É passatempo, diversão. Apenas participo de encontros e saio aos fins de semana.”
Aliás, durante esses passeios com a família, o Spazio é alvo de infinidade de olhares e comentários. “Já chegaram a me oferecer R$ 35 mil, mas eu não vendo! Meus filhos (gêmeos, de 10 anos) já disputam para ver quem vai ficar com o carro no futuro”, diverte-se. Pela tabela Fipe, o Spazio vale menos de R$ 3.000.
Para Daleffi, o que mais atrai é o tamanho compacto do Fiat (que tem 3,63 metros de comprimento). Sem contar a economia de combustível. De acordo com ele, o motor 1300 movido a etanol (com 60 cv) faz média de 12 km/l.
OUTRAS CURIOSIDADES
Além de ter toda a documentação original, como IPVA, notas de compra e venda e manual do proprietário, Daleffi coleciona o primeiro chaveiro utilizado quando o carro era zero-quilômetro, o estepe original (pneu ainda tem câmara de ar) e até mandou fazer uma miniatura idêntica ao modelo real.
O sucesso do compacto é tão grande que ele estará, como figurante, no filme do pastor da igreja Universal Edir Macedo (intitulado Nada a Perder, estreia em fevereiro). “O pessoal do Veteran Car Club, do qual faço parte, me indicou para as filmagens, pois a produção precisava de carros dos anos 1980.”
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