Terra, poeira e pessimismo. Estes fatores compõem cenário de quem mora em algumas das ruas do Jardim Esperança, em Rio Grande da Serra. O nome do bairro é oposto à crença em melhorias no local que necessita de pavimentação.

Enquanto nada é feito, a população convive com inúmeros buracos e ondulações em ruas como a das Orquídeas e das Avenças, onde o solo é composto também por pedras. Quando chove, a região é tomada por lama, enquanto em dias ensolarados a poeira invade as casas.

Segundo a moradora Marinalva da Silva, 42 anos, que há 30 mora no local, diversas pessoas já foram à Prefeitura reclamar da situação, mas a administração alega não possuir dinheiro nem previsão de intervenções. “Moro aqui há quase 30 anos. Desde então, mudou nada. As condições são péssimas e ninguém faz nada para mudar e melhorar”, relata.

“Somente fizeram calçamento até ali na esquina da Rua das Orquídeas. Sempre foi assim, quando chove fica essa lama. Todas as ruas estão desse jeito e ninguém nunca faz nada”, reclama o desempregado Nilson Xavier, 50.

Enquanto limpava o quintal da residência, a dona de casa Maria José Bispo, 76, contou já ter visto máquinas passarem para tentar minimizar os problemas, mas, mesmo assim, a situação traz dores de cabeça.“Quando a chuva bate é só buraco. Carro empaca. É assim, aqui não tem jeito. É tudo atrasado, ninguém cuida da rua, somente querem o imposto”, lamenta.

Até o fechamento desta edição, a Prefeitura de Rio Grande não se pronunciou a respeito do caso.