Setecidades Titulo Farmácia de Alto Custo
Estado analisa dividir custos para descentralização de farmácia

Proposta para cofinanciamento apresentada pelo
Consórcio segue sendo discutida pela secretaria

Por Daniel Macário
Do Diário do Grande ABC
15/07/2017 | 07:00
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Denis Maciel/DGABC


 Após quatro meses de tratativas com o Consórcio Intermunicipal do Grande ABC, o governo estadual declarou ontem, pela primeira vez, analisar a proposta para divisão de custos do projeto para descentralização da Farmácia de Alto Custo do Hospital Mário Covas, em Santo André.

Vista pela entidade regional como a alternativa mais viável para se efetivar a proposta, o cofinanciamento tem sido sugerido por prefeitos da região desde março, quando o tema retornou à pauta do Consórcio. Porém, desde então, em momento algum o Estado tinha dado posicionamento sobre o tema.

Segundo a Secretaria de Estado da Saúde, embora a Pasta já tenha a responsabilidade de arcar tanto com a compra dos medicamentos quanto com o custeio da Farmácia de Alto Custo do Hospital Mário Covas, no momento, o governo estadual está comprometido com o projeto e “avalia o pedido dos municípios em relação ao cofinanciamento, embora essa prática não ocorra em nenhuma outra região do Estado.”

Único item pendente para prosseguimento das tratativas que visam efetivar a descentralização da farmácia, a avaliação econômico-financeira das propostas apresentadas ao Estado é reivindicação de prefeitos da região para que o custo do projeto não impacte o orçamento limitado – e comprometido – dos municípios.

A sugestão é que o Estado consiga auxiliar financeiramente com o projeto para criação de unidades de distribuição de medicamentos em São Bernardo, Diadema, São Caetano e Mauá (que faria o repasse para Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra), além da possível criação de um posto no AME (Ambulatório Médico de Especialidades) da Vila Luzita, em Santo André.

Retomada no início deste ano com a troca do comando na entidade, a descentralização é considerada uma das principais bandeiras dos atuais prefeitos. A promessa, com a efetivação da proposta, é dar fim à superlotação do serviço que, atualmente, tem média de 2.000 atendimentos por dia.

“A descentralização representará um ganho aos municípios. Hoje, a espera nas filas da farmácia de alto custo (que dispensa medicamentos de alto valor agregado) da unidade hospitalar gira em torno de quatro a seis horas. Se cada município assumir a dispensação de medicamentos de alto custo a seus pacientes, estes ganharão em conforto e acolhimento”, destacou o prefeito de São Caetano, José Auricchio Júnior, em artigo publicado nesta semana pelo Diário.

Segundo o chefe do Executivo, o serviço é de extrema importância por atender um público específico e que necessita de atenção especial. “É um grupo que realmente precisa, pois recorrem a medicamentos de alto custo pacientes que apresentam quadro de considerável grau de sofrimento, como câncer, doenças imunodepressivas, patologias psiquiátricas, entre outros”.

Segundo o Estado, enquanto as negociações para descentralização seguem em andamento, série de medidas está sendo tomada para diminuir os transtornos aos usuários. “Desde o ano passado, entregas trimestrais de medicamentos têm sido realizadas de forma gradativa para que a frequência de pacientes seja reduzida e, consequentemente, haja maior celeridade no atendimento”, cita em nota.

A Secretaria de Saúde destaca ainda que, atualmente, 90% dos municípios do Estado têm parceria com a Pasta para redistribuição de medicamentos de alto custo e financiam integralmente suas farmácias próprias, uma vez que o Estado já fica responsável pela compra dos produtos.

 




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