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Esporte devolve vida a transplantado

Após leucemia, bancário Rodrigo Machado se torna campeão mundial de natação na Espanha

Por Matheus Angioleto
Especial para o Diário
14/07/2017 | 07:00
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Denis Maciel/DGABC


Atleta de natação entre as décadas de 1980 e de 1990, o bancário Rodrigo Cristiano Machado, 44 anos, foi diagnosticado com leucemia em 2012. Recuperado, ele retomou as atividades. E o resultado veio rapidamente. Durante uma semana, ele esteve em Málaga, na Espanha, para o no XXI Campeonato Mundial de Transplantados 2017, onde conquistou duas medalhas de ouro e três de prata.
Machado competiu dos 13 aos 17 anos com frequência, mas abandonou o esporte e passou a treinar apenas esporadicamente. Aos 40 anos descobriu o problema por meio do cansaço e tontura. Com a ajuda da irmã, conseguiu o transplante de medula óssea em 2013. Uma recaída veio em 2016, quando descobriu que tinha sarcoma granulocítico – variação de células da leucemia – e ficou internado por três meses.

“Faço tratamento até hoje, e no começo do ano descobri a competição. Conversei com a médica e ela me autorizou a treinar em abril, na última semana de inscrição. Fazia um ano que eu tive alta e ela acabou achando a ideia boa.”

Após mais de oito anos sem entrar em uma piscina, Machado treinou forte e de forma específica para o torneio. Como recompensa, vieram cinco medalhas: ouro nos 200 medley (atual recordista mundial) e 100 metros livre, além de prata nos 50 e 100 metros costas e 200 metros livre. Atualmente, o atleta passa por tratamentos e espera que os jogos tenham cada vez mais a adesão de transplantados. “Se tem algo grave, pense positivo e siga as orientações. Há perspectiva de cura e de vida”, sugere.

Quem ajuda Machado é Walter Rodrigues, 57, treinador da Secretaria de Esporte e Turismo de São Caetano. Ele explica que a competição foi abraçada pelo atleta como superação de todos os problemas. “Sinto-me realizado por ter ajudado um cara vitorioso, porque ele teve uma oportunidade de viver. Se não conseguisse o transplante não sei qual seria a condição dele. Tenho satisfação em ter ajudado a realizar o sonho de uma pessoa”, considera.

“Busquei a Prefeitura porque precisava de uma piscina. Fui bem recebido e o Walter aceitou me treinar. Ele entendeu o que eu precisava e comprou a ideia”, diz Machado. 




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