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Para centrais, mínimo pode superar R$ 540
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22/12/2010 | 07:11
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O ano de 2010 deve acabar sem que o governo tenha negociado com as centrais sindicais o aumento real para o salário-mínimo e para as aposentadorias.

Os reajustes têm de ser decididos até o fim deste ano, para entrar em vigor no dia 1º de janeiro de 2011. Eles deverão ser fixados unilateralmente pelo governo em Medidas Provisórias. "Estão nos enrolando", afirmou o presidente da Força Sindical, Paulo Pereira da Silva, o Paulinho, deputado pelo PDT de São Paulo. "Estão empurrando com a barriga", concordou o presidente da UGT (União Geral dos Trabalhadores), Ricardo Patah.

O maior indicador que a negociação não ocorrerá nesse final de ano é o fato de a CUT (Central Única dos Trabalhadores), politicamente a mais próxima do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, haver saído de recesso coletivo até o dia 10 de janeiro.

Encarregado de negociar o valor do mínimo com as centrais, o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, disse não saber de nenhuma reunião.

Paulinho acredita que Lula editará duas MPs, uma fixando o mínimo em R$ 540 "ou um pouquinho mais, uns R$ 550" e outra atribuindo às aposentadorias maiores do que o mínimo reajuste de 5,5%, correspondente à variação do INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor).

O sindicalista já tem prontas emendas para elevar o mínimo a R$ 580 e corrigir as aposentadorias em 10%. A hipótese de o mínimo ficar ligeiramente acima dos R$ 540 é politicamente improvável porque a presidente eleita, Dilma Rousseff, já indicou que não está disposta a elevar o valor. Ela prefere direcionar mais recursos aos investimentos.




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