Agora, os torcedores, que tanto pressionaram a equipe nos últimos tempos, querem ver para crer se o Corinthians vai mesmo selar a reabilitação diante de um adversário fragilizado pela má fase. O que aconteceu no 1 a 0 de quinta-feira sobre o Vitória, no primeiro confronto entre ambos pela Copa do Brasil, expôs algumas verdades. Uma delas: a responsabilidade pesava demais nos ombros – ou nos pés – até dos mais experientes.
Tanto é que o lateral-direito Rogério, ao analisar a reviravolta, comemorou a façanha de quem “completou três jogos – três! – sem perder”. Segundo ele, é preciso investir nisso para não retomar o caminho do inferno. “Diria que, de um ano para cá, não tivemos nem 15 dias de sossego”, lembra o ala, um dos poucos que não fogem da responsabilidade nas piores situações.
O goleiro Fábio Costa, a exemplo do companheiro, admite que o Corinthians deu um importante salto para recuperar os espaços dos grandes clubes. Ao contrário do centroavante Jô, que prefere o rótulo de pequeno só para aliviar o peso das cobranças, o camisa um reagiu ao favoritismo atribuído ao Vitória-BA no confronto de quinta-feira. “Quiseram nos menosprezar. É bom que nos respeitem. Não vamos aceitar nenhum tipo de humilhação”, avisa.
Apesar de tudo, o técnico Oswaldo de Oliveira não se ilude, mas também aposta na tradição de quem, segundo ele, tem condições de deslanchar. “Acredito no meu grupo, mas, se a gente relaxar, tudo fica mais complicado”, alerta Oswaldo, que decidiu recolocar o titular Anderson (cumpriu suspensão automática) na vaga do jovem Betão, o melhor do sistema defensivo no duelo do meio da semana.
No Guarani, o técnico interino Donizete Lima vai para “o tudo ou nada” e promete colocar a equipe no ataque. Segundo ele, o ideal é adotar um esquema ofensivo – o 4-4-2 – na tentativa de buscar os três pontos na casa do adversário. Uma das mudanças no time é a entrada de Harrison no ataque ao lado de Viola.
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