O início da atualização do mapeamento ambiental do solo do Residencial Barão de Mauá, em Mauá, foi mais uma vez adiado. Marcado para começar ontem, o trabalho de reconhecimento do terreno por equipes da empresa Geoklock não foi realizado. A Cofap, empresa responsável pela contratação do serviço, não informou o motivo do adiamento.
A realização do estudo é motivo de polêmica entre moradores e réus do caso desde o seu anúncio, em agosto do ano passado. A maioria dos síndicos do residencial é favorável ao acompanhamento de um perito isento, a ser custeado pela Cofap. A condição é colocada como determinante para a aceitação de equipes nas áreas comuns dos prédios, mas até agora não foi aceita.
A decisão de reiniciar as negociações também não agradou os representantes do condomínio. A Prefeitura de Mauá realizou uma reunião semana passada sem a presença de todos os envolvidos, que colocaram-se em estado de atenção contra a entrada dos pesquisadores, ontem, nos prédios.
Para contornar as dificuldades, o Ministério Público Estadual propôs que as ações começassem apenas nas áreas públicas do terreno. O residencial conta com 1.760 apartamentos, construídos em terreno contaminado por lixo de características industrial e doméstica.
A descoberta foi trágica. Há oito anos, uma explosão na antecâmara da caixa d’água subterrânea de um dos condomínios matou uma pessoa e feriu outra. O acidente foi causado pela alta concentração de gás metano, causado por 44 substâncias tóxicas presentes na área.Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.