As finanças paulistas estão em ordem, muito obrigado. Este foi o tom da apresentação dos relatórios da gestão fiscal do último quadrimestre de 2016 e dos primeiros quatro meses de 2017 pelo secretário da Fazenda do Estado, Hélcio Tokeshi, semana passada, na Assembleia Legislativa. Tokeshi destacou que “o equilíbrio, a prudência e responsabilidade” nos gastos fizeram com que São Paulo até obtivesse um pequeno crescimento em 2016. Definindo a crise econômica como “quatro anos de ajuste fiscal na maior recessão dos últimos 100 anos”, ressaltou que o Estado construiu ferramentas para que se pudesse fazer a contenção de despesas de “maneira responsável”. As dívidas do Estado somaram no período cerca de R$ 250 bilhões, quase atingindo o limite percentual previsto na Lei de Responsabilidade Fiscal. “Faz sentido um ente estatal ter dívidas, desde que as use para financiar investimentos”, disse ele.
A era das cidades inteligentes
São Caetano, São Bernardo, Santo André, Jundiaí, Ribeirão Preto, Campinas, Santos, Barueri e Indaiatuba são as cidades paulistas de maior destaque na lista nacional das mais conectadas e inteligentes do País, segundo aponta o Connected Smart Cities 2017, elaborado pela Urban Systems. Essas cidades ocupam posições entre as primeiras 30 colocadas, num ranking que tem à frente São Paulo (primeiro) e Curitiba (segunda). Dezenas de outras cidades do Interior paulista aparecem entre os 100 primeiros lugares. O ranking aponta fatores relevantes para o crescimento sustentável dos municípios. Trata-se do mais importante levantamento para avaliar o grau de conectividade e inovação urbana e identificar as cidades com maior potencial de desenvolvimento e tecnologia. Nesse conceito, o desenvolvimento é atingido quando os agentes locais compreendem a capacidade de conexão entre todos os eixos. Exemplo disso é o fato de que investimentos em saneamento estão atrelados não apenas aos ganhos ambientais, como aos ganhos em saúde da população, reduzindo os gastos e a necessidade de atendimentos de Saúde básica.
Avançar é preciso
As cidades brasileiras ainda estão longe de suas concorrentes globais ao serem comparadas com a realidade de outros países. “O espaço que nossas cidades têm para avançar em relação a elas mesmas é de 50%. Em relação ao mundo é muito maior”, compara Thomaz Assumpção, CEO da Urban Systems. O documento analisa 11 setores de mais de 700 municípios, a partir de 70 indicadores nos segmentos de Mobilidade, urbanismo, tecnologia e inovação, empreendedorismo, governança, Educação, energia, Meio Ambiente, Saúde, Segurança e economia.
90 anos do Biológico
Em 1924, a broca do café atacou cafezais de São Paulo e o governo paulista criou uma comissão científica para combater a praga. Os trabalhos resultaram em uma ação precursora do controle biológico por meio de uma vespa trazida de Uganda (África), que abriu caminho para a criação de uma instituição de fiscalização e vigilância fitossanitária que realizasse de forma permanente a divulgação de medidas de combate dessa e de outras pragas. Surgiu então, em dezembro de 1927, o Instituto Biológico, um centro de excelência em pesquisas voltadas à sanidade animal e vegetal. As informações são da revista Pesquisa, da Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo).
Cobaias, não
As escolas e universidades agora estão proibidas de usar cobaias. A Assembleia Legislativa de São Paulo aprovou semana passada projeto de lei que restringe o uso de animais vivos na área do ensino com o objetivo de poupar animais de dores e sequelas, que, em alguns casos, levam à morte. Para virar lei, o projeto precisa da sanção do governador Geraldo Alckmin. A professora Odete Miranda, da Faculdade de Medicina do ABC, primeira instituição a restringir a prática no País, diz que mais de 1.000 vidas já foram poupadas desde que o método foi abandonado no estabelecimento.
Atenção, fura-filas
O Ministério Público do Estado de São Paulo tem promovido ações judiciais contra prefeitos, vereadores e agentes públicos em razão de denúncias de pessoas que se utilizam de cargos públicos para realizar manobras e furar as filas de espera por consultas, exames e internações na rede pública de Saúde. Para combater a prática, a Assembleia Legislativa discute projeto de lei que obriga o governo estadual a publicar as listas dos pacientes que aguardam os procedimentos.
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