Ademir Chagas, o Bigu, participou da vitória de 4 a 0 do Grêmio (gols de Fabinho, dois, Lê e Toninho) sobre o Itaquaquecetuba, do Grupo B-2, no jogo-treino desta quinta à tarde, no estádio Municipal de Mauá. Ele diz que acertou "pela amizade com Luiz Pereira", o ex-zagueiro, hoje técnico do Grêmio Saocarlense, mas que permanece, à distância, como coordenador de futebol do time do Grande ABC.
"Depois daquela derrota do Sao Caetano para o Santo André por 1 a 0, no final do acesso, em julho, decidi encerrar a carreira. Acertei a rescisao com o Sao Caetano, e aí, só agora, há poucos dias, veio o convite do Luiz Pereira para que eu colaborasse com o Grêmio", lembrou Bigu, que nao terminou o jogo-treino por causa de uma troca de empurroes com o meia Alex, do Itaquaquecetuba, levando os treinadores a substituírem os dois. Depois, Alex se desculpou com o volante.
O Grêmio é o terceiro clube profissional da regiao que conta com Bigu. O primeiro foi o Santo André em 1997, quando chegou às finais do acesso, e no primeiro semestre de 1998. No segundo semestre, o volante foi para o Sao Caetano, pelo qual conquistou os acessos para o A-2 paulista e para a Série B do Campeonato Brasileiro.
A realidade do volante, hoje, é bem diferente daquela do início dos anos 80, no Flamengo de Zico, Andrade, Tita, Adílio, Leandro e Júnior, entre outros jogadores de elevada qualidade técnica, o que nem por isso diminuía a importância de Bigu para o time. Tanto assim que foi de Carlos Alberto Torres, o treinador na ocasiao, a célebre frase "o Flamengo é Bigu e mais dez".
O jogador convive, agora, com a dura realidade do B-1, equivalente à quarta divisao, e até revela que tem ajudado os dirigentes na busca de um patrocínio. "Acabei gostando daqui, moro em Sao Caetano, e percebo o esforço dos jogadores mais jovens do Grêmio em subir na carreira. Vou fazer o que for possível para que o clube tenha uma boa participaçao, e supere as dificuldades ou a maior parte delas", assegura.
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