Tem sido constante a afirmação do governo de São Paulo de que há compromisso em valorizar a carreira do magistério
Artigo
Tem sido constante a afirmação do governo de São Paulo de que há compromisso em valorizar a carreira do magistério (Artigo - Opinião, dia 24). No entanto, o dia a dia nas escolas estaduais, o número de exonerações de professores, o aumento do assédio moral, de adoecimentos e de violência não diminuem. O projeto de lei encaminhado ao Legislativo indica reajuste de apenas 2% aos professores em 2013 (em média R$ 0,20 por aula), sendo que os outros 6,1% são referentes aos valores devidos de anos anteriores por não cumprimento de acordos firmados entre professores e governo.
Além disso, o governo não indica nenhuma disposição em rediscutir as nossas condições de trabalho, ou seja, de ensino e aprendizagem. Isso significaria termos liberdade de cátedra, a não aplicação da progressão continuada (que tem significado a destruição da autoestima do aluno que passa de ano sem saber ler e escrever), que os estudantes tenham merenda decente (com critérios de alimentação saudável), número máximo de 25 alunos por sala, quadro suficiente de professores (não temos substitutos nas escolas) e funcionários.
Não aceitamos que uma profissão que necessita tão profundamente do trabalho pedagógico e do acompanhamento cognitivo seja contratada temporariamente (categoria O), em que o professor não possui os direitos dos servidores e também não possui os direitos da CLT. Também não queremos que algumas escolas sejam transformadas em espaços que vigiam (através de câmeras e da cultura de violência) e punem (por meio da exclusão social com a cultura do incapaz) e outras sejam indicadas como ‘modelos' (através de projeto de escola de tempo integral que fecha no período noturno e não integra o saber). Essa situação existente na escola pública possibilita o aumento da violência a professores e entre alunos, a alta dos índices de evasão escolar, o intenso adoecimento e desistência da carreira do magistério, inclusive dos nomeados.
Acreditamos na importância da Educação pública de qualidade, na necessidade de atendermos a nossa comunidade escolar nos níveis de conhecimento desejáveis para a formação de seres humanos responsáveis com o outro, com a natureza e consigo. E, ainda, precisamos do investimento público nas reais necessidades das escolas, dos alunos e dos professores para resgatarmos a cultura do saber e a verdadeira valorização do magistério.
Cláudio Alves de Santana é conselheiro estadual da Apeoesp - Subsede Sto.André.
Palavra do leitor
Montorinho
Onde está a coerência do vereador Montorinho, que dias atrás proclamava aos quatro ventos que fazia parte da CPI do Semasa? Caro vereador, o senhor só sabe criticar. Por que não arregaça as mangas e faz algo em favor de Santo André? Isso vale para os vereadores que pularam do barco, passando para a situação, pois foram eleitos pelo povo e para o povo, sem objetivar cargos na situação. Como assídua leitora deste Diário, sinto-me na obrigação de questionar. Vamos causar menos e trabalhar, para Santo André andar com propostas feitas para o povo. Quando a ponte orçada em R$ 5 milhões sairá da estagnação? Quem mora no 2º Subdistrito já não aguenta mais gastar gasolina para acessar o Centro de Santo André. Com a palavra, os nobres vereadores.
Lúcia Calvitti Rodrigues
Santo André
Como pode?
As coisas no Brasil estão ficando cada vez mais difíceis.Hospitais, de modo geral, pedindo socorro, com falta de funcionários, medicamentos e estruturas; funcionários que, além de mal remunerados, são sem qualificações; médicos, a mesma coisa, pois deveriam passar por qualificação, mas não passam; estádios de futebol construídos com o dinheiro público. A Segurança, então! Há aumento no número de latrocínios. Tudo no Brasil está se tornando brincadeira, mas de mau gosto. E o sistema de bandeira tarifária aprovado pela Anatel? É um modo de lesar mais ainda o povo. E o dinheiro que deveria ser devolvido para nós e não foi? Ou pensam que esquecemos? Até para votar somos obrigados, sob pena de multa. Os políticos só vão ter medo do povo quando nos unirmos e nos negarmos a votar. Infelizmente, no Brasil não funcionaria, pois existem os que permitem ser comprados na hora do voto. Então, continuemos assim, até que Deus possa intervir. É a única esperança. Maria Helena
Santo André
Menores
População revoltada, estarrecida com crimes hediondos, com participação ativa de menores infratores, beneficiados pela legislação vigente, apoiados por bandidos maiores, movidos a drogas. Claro que, além de atualização das leis, há necessidade de o Estado, como um todo, criar escolas técnico-profissionalizantes e dar condições para tratamentos adequados, inclusive para familiares dos infratores, além de as penalidades serem mais rígidas. Até hoje, não vi nenhum integrante dessas entidades levarem para suas residências os ‘santinhos', como eles os chamam. Ninguém aguenta mais! Está na hora de grandes manifestações, com a presença até de líderes religiosos. Por que não? O problema é gravíssimo, é necessária atitude firme, rigorosa e urgente por parte dos poderes públicos. Menos estádios, mais escolas, escolas, escolas, hospitais, clínicas especializadas, saneamento, Transporte, Habitação, Segurança etc. Chega de benemerência com o chapéu alheio.
José Carlos Soares de Oliveira
São Bernardo
Colunista Lula
Não sei por que as pessoas têm tanto prazer em tentar diminuir outras que conseguem se sobressair. Acho que podemos não estar de acordo com o pensamento de uma pessoa, mas não precisamos menosprezá-la. O fato de uma pessoa ter pouco estudo não a faz menor do que outra que tenha muito. Claro que o ideal é que todos devam estudar, mas se alguns não puderam e mesmo assim conseguiram ser alguém, ao invés de zombar deles devemos admirá-los. Eu gosto de pessoas que, mesmo com limitações, conseguiram vencer. E a pessoa de quem tratamos é um grande exemplo disso!
Thereza Lellis
Capital
Resposta
Em resposta à carta do munícipe Francisco Emídio Carneiro (Contradição, dia 26), a Prefeitura de São Bernardo esclarece que a regulamentação da Lei Peuc (Parcelamento, Edificação e Utilização Compulsórios) não tem como objetivo desapropriar imóveis no município. Seu objetivo principal é dar nova e melhor destinação a terrenos ociosos, sejam imóveis não edificados ou subutilizados ou aqueles com edificações mas não utilizados. Esse objetivo está de acordo tanto com o artigo 182 da Constituição, quando afirma que se deve garantir ‘o pleno desenvolvimento das funções sociais da cidade', como com o Estatuto da Cidade, Lei Federal de 2001. Com esse objetivo, a nova regulamentação de São Bernardo prevê regras e prazos para que os proprietários possam se adequar à lei. Após a notificação, o proprietário terá um ano para apresentar projeto de construção ou parcelamento do terreno. Após a aprovação do projeto, mais dois anos para iniciar as obras.
Prefeitura de São Bernardo
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