O prefeito de São Bernardo, Luiz Marinho (PT), assegurou ontem que a Prefeitura não irá interferir para diminuir os problemas na balsa do Riacho Grande. As afirmações foram feitas durante inauguração de quadra em uma escola municipal no bairro Santa Terezinha (leia mais em reportagem ao lado).
O chefe do Executivo disse que a responsabilidade pela administração da embarcação é da Emae (Empresa Metropolitana de Água e Energia), órgão vinculado ao governo do Estado.
"Não vou assumir uma responsabilidade que é do Estado. Na maioria das vezes, o Estado não tem competência para resolver os problemas deles e joga a situação para as prefeituras", acusou Marinho.
O petista citou os quatro mandatos do PSDB no Estado (no poder desde a gestão Mário Covas, eleito em 1994) para reforçar as críticas. "Os tucanos estão há 16 anos comandando o governo de São Paulo. Não tem como falar que eles não tiveram tempo para resolver esta questão", provocou.
O prefeito também afirmou que não pretende vistoriar o local para avaliar a situação do transporte.
Conforme o Diário mostrou ontem, são comuns os casos de furtos e vandalismos na embarcação. Outra reclamação refere-se às grandes filas de carros que aguardam para embarcar.
SEM DIÁLOGO
O prefeito informou ainda que não irá atrás da Emae para buscar soluções. "Eu não vou procurar ninguém de lá. Minha conversa é diretamente com o governador", garante. A equipe do Diário procurou o órgão estadual para comentar as críticas de Luiz Marinho, mas não obteve retorno.
Em nota, a Prefeitura informou que a GCM (Guarda Civil Municipal) iniciou há cerca de um mês a realização de rondas nas proximidades da embarcação. A administração municipal afirmou não ter conhecimento da informação de que 100 coletes salva-vidas são furtados mensalmente na balsa. "A Emae em nenhum momento informou isso à Prefeitura", disse o texto do governo municipal.
O Executivo prometeu ampliar o monitoramento no local. "A partir da inauguração formal da estação de espera, a GCM manterá policiamento com a IGA (Inspetoria de Guarda Ambiental) 24 horas".
Para Marinho, o deslocamento de guardas municipais para a região da balsa também é consequência da ‘ausência' do governo estadual, que, segundo ele, "não dá conta" da segurança. "Temos que pagar pela responsabilidade do Estado. O dinheiro que teremos de investir na segurança da balsa poderia ser usado na Educação, na Saúde ou em outros setores", completou.
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