Palavra do Leitor Titulo
Tio Sam crê no fim do mundo

Embora se inspirem com ênfase no pensamento liberal...

Por Dgabc
07/10/2012 | 00:00
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Artigo

Embora se inspirem com ênfase no pensamento liberal, os Estados Unidos não têm hesitado em adotar política ‘keynesiana' (John Maynard Keynes), de intervenção estatal na economia, ao imprimir dólares em profusão para tentar reaquecer o nível de atividade. Como sua inflação é muito baixa, o FED, seu banco central, tem fabricado dinheiro para financiar hipotecas, visando à retomada do mercado imobiliário, gerador de mão de obra intensiva e com efeito em cascata em numerosos segmentos.

Essa prática vem causando a desvalorização do dólar em relação às demais moedas, reduzindo a competitividade de produtos importados, inclusive do Brasil. Em contrapartida, os norte-americanos mantêm subsídios agrícolas, sobretaxam alguns de nossos produtos, como o etanol, e transformam quase em incidente diplomático qualquer medida de defesa comercial, como a recente elevação de alíquotas de importação brasileiras, adotada, aliás, dentro das margens permitidas pela OMC (Organização Mundial do Comércio).

Ora, se os norte-americanos, inspirados na frase ‘no longo prazo todos vamos morrer', de John Maynard Keynes, permitem que o punhal imediatista do economista britânico seja cravado no âmago do liberalismo de Adam Smith, imprimindo montanhas de dólares, o Brasil não pode dar-se ao luxo. Por maiores que sejam os acidentes de percurso na duradoura crise mundial, já esgotamos nossas medidas anticíclicas, como estímulos tributários, flexibilização dos compulsórios bancários e desoneração da folha de pagamentos de 40 setores. Não podemos imprimir dinheiro sem lastro, sem pensar no recrudescimento inflacionário, como se aceitássemos Keynes incondicionalmente ou crêssemos na data fatal da profecia maia, planejando a economia só até 21 de dezembro.

O mais irônico é que se houvéssemos realizado algumas lições lamentavelmente adiadas, certamente não estaríamos tão preocupados com a incontinência monetária do FED e talvez nem precisássemos aumentar alíquotas de importação. Reforma tributária, menos burocracia, mais segurança jurídica, trâmites eficazes no comércio exterior e ações como a liquidação dos créditos fiscais legítimos das empresas, dentre outras medidas estruturais, são as bases do chamado espírito animal dos empresários e alicerces sólidos da competitividade.

Antoninho Marmo Trevisan é presidente da Trevisan Escola de Negócios.

PALAVRA DO LEITOR

É hoje! - 1

Na reta final, parece que vale tudo. De um lado a experiência, de outro o novo e, ainda, aquele que promete resolver tudo, quando na verdade não resolve nem a própria vida. Não é fácil eleger um prefeito firme, inteligente. É um quadro de terror, cujo único objetivo é o bolso do cidadão, desavisado, desinformado. Assusta-me saber e ver, de forma constante, a sedução pelo seu voto, para depois cuspir e dizer que você, eleitor, é um lixo, que só serve para apertar algumas teclas! Claro que não, amigo eleitor! A decisão é sua. Boa votação a todos!

Edson Rodrigues, Santo André

É hoje! - 2

Este é o momento mais importante da cidadania! Estamos escolhendo os vereadores e prefeitos no Brasil. Em especial no Grande ABC teremos o desafio de unir forças após as eleições para que os próximos prefeitos se unam no Consórcio Intermunicipal, sem vaidades políticas ou cores partidárias realmente discutam as necessidades da região. Ou se acabe de vez com esse cabide de empregos! Na minha opinião deve continuar, porém tem de avançar.Neste momento histórico, quero desejar sucesso aos candidatos que apresentaram propostas nos últimos meses e são ficha limpa, chega de mensaleiros neste País! Aos eleitores, peço que façam suas escolhas baseadas em propostas e não em amizades e clientelismo. Após a eleição não adianta reclamar!

Ailton Gomes, Ribeirão Pires

Precatórios

Gostaria de saber do prefeito de Santo André onde está sendo aplicado o dinheiro dos precatórios? No início do pagamento, a lista continha mais de 30 nomes; agora neste ano, a lista começou a diminuir, em de agosto apresentava só cinco nomes, e na lista de setembro, só um nome. Não é para ser depositado em juízo uma porcentagem da renda líquida do município? Acho que esse dinheiro está sendo usado na campanha política desta eleição! E os precatorianos, como ficam? O pior de tudo é que ninguém faz nada!

José Cardoso da Silva Filho, Rio Grande da Serra

Ministro revisor

Assim como eu, que passei orgulhosamente pela Faculdade de Direito de São Bernardo, ilustres professores, tais como os doutores Macedo Costa, José G. Alckimin, Cretella Jr. e a doutora Esther de Fiqueredo Ferraz, entre outros, muitos dos quais não mais fazem parte de nosso mundo, sentiriam vergonha que Ricardo Lewandowski, ministro revisor do Supremo Tribunal Federal no caso Mensalão, passasse pelo banco escolar, bem como tê-lo como aluno da querida faculdade.

Fernando Martins, Santo André

Obrigatoriedade

Gostaria de saber que democracia é essa nossa que obriga as pessoas a votar? Só estão desobrigados os menores de 16 anos, analfabetos ou idosos com mais de 70. Diante de tanta corrupção há muito tempo não vejo sentido em votar! E, só para não ser enquadrado nessas regras que têm mais de demagogia do que de democracia, mais uma vez terei de anular o meu voto. Acredito que se o voto fosse facultativo, poucos iriam se dar esse trabalho. Melhor ainda, se fosse exigido mínimo de escolaridade, aí quem sabe escolheríamos melhores políticos. Da mesma forma, se exigissem melhor qualificação dos políticos teríamos bons deles.

Antônio Carlos Guertas, São Bernardo




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