O transporte desses universitários é feito por Evaristo Secco, 55 anos, que há 20 anos presta o serviço. Pelo terceiro ano consecutivo, o estudante Robson Jeremias, 26 anos, trafega pela rodovia a caminho da faculdade. “Vou sempre sentado no primeiro banco. Quero ter o controle, pelo menos visual, do que acontece. Quando tem neblina nem pisco os olhos”, disse.
A estudante Camile Veiga, 20 anos, que cursa o primeiro ano de Direito, no próximo ano vai tentar transferência para a região. “No começo do ano, saía de São Paulo, então vinha pela rodovia Airton Senna. Há dois meses, me sinto torturada tanto na ida quanto na volta. O trajeto é mais longo e perigoso.”
O motorista Jesimiel Gomes dos Santos, conhecido por Maguila, 35 anos, nos 14 anos em que faz todos os dias esse caminho já se envolveu em três acidentes, mas disse já ter presenciado vários deles. “A pista melhorou um pouco. Anteriormente não tinha acostamento em nenhum ponto. Hoje, o principal problema é o grande número de caminhoneiros.”
Ele acredita que se a rodovia fosse privatizada seria mais sinalizada e segura. “É pela falta de pedágio que tem muito caminhoneiro e pouco dinheiro para investir.” Ele ressalta ainda a falta de pontos de ultrapassagem – existem apenas três pontos seguros.
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