Política Titulo Editorial
Esperar o quê?
Do Diário do Grande ABC
29/05/2017 | 11:17
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Arte/DGABC


Dia 8 de janeiro de 2016. O repórter deste Diário Leone Farias morre atropelado por carreta na Avenida Goiás, em São Caetano, ao cair da bicicleta, desequilibrada por ondulações na pista. Dia 3 de julho de 2016, o também ciclista Dorgival Francisco de Souza teve o mesmo fim ao ser abalroado por um carro no km 17,5 da Rodovia dos Imigrantes, no trecho em Diadema.

Independentemente da responsabilidade ou não dos motoristas nos dois casos, chama atenção o descaso dos governantes com situação que se tornou corriqueira nos municípios do Grande ABC nos últimos anos. Leone e Dorgival se tornaram mais duas vítimas devidamente computadas nas estatísticas. Mas, de real, o que foi feito para evitar que tais situações se repitam?

Hoje, a edição deste jornal traz em destaque a notícia de que os administradores da região abandonaram os planos voltados à política cicloviária que poderiam, sim, ter impedido que dois cidadãos nos deixassem de forma tão trágica.

O Grande ABC tem apenas 30,8 quilômetros de vias destinadas às pessoas que andam de bicicleta, seja para se locomover ao trabalho ou como forma de diversão. Elas estão espalhadas por Santo André, São Bernardo, São Caetano e Mauá, cidade que contabiliza diariamente cerca de 3.000 ciclistas. 

Não bastasse a limitação de espaços para a utilização da magrela, os usuários ainda têm de enfrentar os perigos resultantes da falta de manutenção das ciclovias regionais. Além de buracos espalhados por vários trechos, as mesmas estão com pintura desgastada e sinalização insuficiente.

Vale destacar ainda o desrespeito de alguns motoristas, que simplesmente estacionam sobre as áreas exclusivas às bicicletas ou jogam seus veículos contra os ciclistas, colocando em risco a vida de quem escolheu um meio de transporte muitas vezes mais prático – e também veloz – e menos poluente para se locomover. Mas a que preço?




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