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Honda WR-V: SUV ou monovolume anabolizado?
Por Vagner Aquino
19/05/2017 | 16:13
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Marina Brandão/DGABC


Não contente em ter na linha os utilitários CR-V e HR-V – este último, aliás, o mais vendido da categoria – a Honda decidiu lançar mais uma novidade: o WR-V. O modelo chegou em março para ser a porta de entrada para a clientela ávida pelo mundo dos SUVs, mas que não tem bala para desembolsar mais de R$ 100 mil pelo sonho em questão.

Ainda antes de sua apresentação oficial, o modelo rendeu bastante suspense e especulação, levando-o a ser a novidade mais aguardada do Salão do Automóvel de São Paulo (em novembro). Porém, assim que surgiu no palco do estande da Honda o novato já foi taxado como Fitão. É isso aí, público e crítica foram enfáticos ao compará-lo com o irmão mais velho, o monovolume Fit.

Nesse meio-tempo, a Honda chegou a levar a imprensa para as instalações de Sumaré, no Interior de São Paulo, (de onde sai o modelo) para explicar que a história não é bem assim. Mostrou detalhes de engenharia, falou que, apesar de compartilhar componentes com o Fit, um nada tem a ver com o outro... Mas tem, sim! Para comprovar, nós pegamos a novidade para teste.

TOTALMENTE NOVO?
Apesar de ser tratado como inédito, é inegável que o WR-V não passa de um Fit anabolizado. A começar pela base. Seu visual também evidencia as semelhanças exceto, claro, a dianteira – que é toda nova.

Na prática, o utilitário também não difere do Fit. Além de carregar o mesmo motor 1.5 flexível, que gera 116 cv, tem câmbio CVT (continuamente variável). Esta é a única opção. Nada de versão manual. A condução agrada em termos de suspensão, economia e silêncio. Contanto que o pé do motorista não seja pesado (alto desempenho não faz jus à proposta do carro), o WR-V dá conta do recado.

Quem já entrou no Fit vai se sentir em casa. Inclusive, quando notar o acabamento, a central multimídia (tela de 7” multi-touch screen com GPS integrado) e, quando olhar para trás, a útil movimentação do banco, que pode ser totalmente rebatido para otimizar espaço.

Ainda com tudo isso, seu preço é salgado. Sim. Levando em conta que o HR-V parte de R$ 86,8 mil com câmbio automático e motor 1.8 (manual sai por R$ 79,9 mil), pagar R$ 83,4 mil pelo WR-V não parece tão bom negócio. Mas gosto não se discute e é fato que ele é uma opção ao Ford EcoSport (a partir de R$ 68.690, com motor 1.6 de 115 cv) e a tantos hatches aventureiros de butique que estão no mercado.

Pelo montante, o WR-V tem seis air bags, luzes em LED, direção elétrica progressiva, rodas em liga-leve 16”, rack de teto, ar-condicionado, controlador de velocidade, volante multifuncional, freios antitravamento com distribuição eletrônica de força, sistema Isofix, banco do motorista com regulagem de altura, vidros elétricos (só o do motorista tem função um toque), entre outros itens.




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