Economia Titulo Falência
Ex-empregados da Vecom ficam sem rescisão trabalhista
Por Flavia Kurotori
Especial para o Diário
18/05/2017 | 07:28
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Desde janeiro, a fábrica da Vecom Brasil em Mauá está com as portas fechadas. O drama dos trabalhadores começou quando a fundição concedeu férias coletivas entre 17 de dezembro e 9 de janeiro. “Quando voltamos, fizeram uma reunião e disseram para procurarmos nossos direitos com o sindicato, pois a empresa não iria mais funcionar”, relata o ex-funcionário José Adenilson Subrinho, 42 anos.

O diretor do Sindicato dos Metalúrgicos de Santo André e Mauá, Elenísio Almeida Silva, o Léo, explica que, até 2015, havia cerca de 170 funcionários na metalúrgica. “Mas eles foram demitindo em ‘conta-gotas’. As últimas dispensas foram em novembro, de 30 pessoas, e em janeiro, os 70 restantes”, conta.

“Deixaram os trabalhadores sem informação, simplesmente os mandaram procurar seus direitos na Justiça”, afirma Léo. “Nós buscamos diálogo, mas a Vecom alega que não tem recursos para fazer os pagamentos, que está falida.”

Os funcionários demitidos assinaram a rescisão junto ao sindicato, assim, foi possível sacar os valores acumulados do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) e dar entrada para receber o seguro-desemprego. “Assinamos para evitar ainda mais problemas no futuro”, comenta Subrinho. Vale ressaltar que os dispensados no ano passado ainda não receberam seus valores.

O advogado representante dos trabalhadores Elvécio Firmino Batista explica que a maioria dos processos abertos em novembro já contou com a primeira etapa, a audiência e, agora, depende apenas da Justiça. “Depois vem a fase de execução, em que os valores são calculados e, os bens da empresa, penhorados. A partir de então, os trabalhadores começarão a receber.”

Subrinho conta que, diariamente, ex-funcionários fazem vigília em frente à empresa, a fim de evitar que retirem as instalações do local.

A equipe do Diário não conseguiu contato com representantes da Vecom Brasil até o fechamento desta edição. 




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