Economia Titulo Greve geral
Paralisação atinge morador da região

Sindicatos orientam trabalhador a ficar em casa;
transporte público deve ser prejudicado

Flavia Kurotori
Gabriel Russini
28/04/2017 | 07:30
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Orlando Filho/DGABC


A greve geral marcada para hoje deve afetar diretamente os moradores do Grande ABC. A paralisação é organizada pelas centrais sindicais em protesto contra as reformas da Previdência e trabalhista – aprovada na madrugada de ontem pela Câmara dos Deputados e que agora segue ao Senado. Os sindicatos dos metroviários e ferroviários garantiram que a greve será realizada e que irão contestar liminar obtida na Justiça pelo governador Geraldo Alckmin (PSDB) que determina o direito de locomoção aos cidadãos. Em caso de descumprimento, há multa de R$ 937 mil às entidades que aderirem aos atos.

“A decisão é incompetente, vamos contestar a liminar. Vale lembrar que temos a Constituição a nosso favor”, afirmou o presidente do Sindicato dos Ferroviários, Eluiz Alves de Matos. A STM (Secretaria dos Transportes Metropolitanos) informou que as empresas metroferroviárias – Metrô e CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) – irão cortar o ponto de hoje e do dia de descanso remunerado dos funcionários que aderirem à greve. Na região, cerca de 190 mil usuários utilizam as linhas 10 – Turquesa e 7 – Rubi.

De acordo com a Força Sindical, haverá mobilizações na Via Anchieta às 5h, mesmo horário em que serão realizadas paralisações na Avenida dos Estados, em Santo André, e em frente à fábrica da GM (General Motors) na Av. Goiás, em São Caetano. Além das centrais, estudantes da Universidade Federal do ABC também participarão dos atos. Na noite de ontem, porém, a Ecovias informou que a Justiça concedeu liminar que multa em R$ 2,5 milhões sindicatos que interditarem qualquer via do Sistema Anchieta-Imigrantes.

O Sindicato dos Metalúrgicos de Santo André e Mauá e o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC mantiveram a decisão de que não se manifestarão durante o dia, e a instrução é a de que os trabalhadores permaneçam em casa. A mesma posição foi dada pelo Sindicato dos Rodoviários do Grande ABC. De acordo com a entidade, nenhuma linha de ônibus irá circular, tanto as municipais quanto as intermunicipais, incluindo os fretados. Isso significa que cerca de 90 mil pessoas serão prejudicadas.

Para o presidente do Sindicato dos Bancários do ABC, Belmiro Moreira, a reforma trabalhista é um atentado contra os empregados. “O protesto é necessário, ainda mais após a aprovação do texto na Câmara.” Vão haver manifestações nas sete cidades da região a partir das 7h. Os locais ocupados serão os corredores bancários centrais: Rua Marechal Deodoro, em frente à Igreja Matriz (São Bernardo); Rua Senador Flaquer (Santo André); Av. Barão de Mauá (Mauá) e Praça Cardeal Arcoverde (São Caetano).

Segundo o Secabc (Sindicato dos Comerciários do ABC), caso a empresa não forneça alternativa de transporte aos trabalhadores, eles não poderão ter o dia descontado em razão da greve.

O diretor financeiro do Sintracon (Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil) de São Bernardo e Diadema, Joaquim Fernandes da Rocha, afirmou que a categoria vai aderir ao movimento, porém, ainda não definiu os locais de manifestação. “Amanhã (hoje) cedo vamos nos reunir na sede para decidir os locais”.

Raimundo Suzart, presidente do Sindicato dos Químicos do ABC, confirmou que a unidade fará assembleias em algumas empresas do ramo na região como a Basf e AutoMetal. “Vamos iniciar os atos às 5h”, garantiu.
 




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