A nova fórmula gerou protestos dos dirigentes do interior, mas como os votos de Atlético, Cruzeiro, América e Vila Nova - de acordo com a colocaçao do último campeonato - têm maior peso, os ``pequenos' nada puderam fazer senao acatar a decisao do Conselho Arbitral da Federaçao Mineira. ``A última coisa em que se pensou nessa reuniao foi no futebol mineiro', acusou o presidente da Caldense, de Poços de Caldas. A alegaçao é de que a única oportunidade em que os estádios do interior ficam cheios é com a presença dos clubes de Belo Horizonte. ``Sem eles o prejuízo será enorme', conclui ele, sem pensar na possibilidade de seu clube estar no octogonal final.
Como prova de que os estaduais nao agradam a ninguém, exceçao feita a Eduardo José Farah, e sao sinônimo de prejuízo financeiro, os grandes do futebol mineiro usam o mesmo argumento para justificar o modelo de competiçao que aprovaram. ``Fizemos o que para nós será melhor, nao podemos continuar pagando para disputar o Campeonato Mineiro', explica o vice-presidente de futebol do Cruzeiro, Alvimar Perrela. Nélio Brant, presidente do Atlético, concorda, mas acredita que o estadual continuará deficitário. ``O campeonato será financeiramente melhor, mas nao devemos nos iludir em igualar rendas e despesas', diz Brant. Segundo ele, ano passado o prejuízo do Atlético no estadual foi de R$ 3,8 milhoes e, em 99, a expectativa é que esse valor sofra uma reduçao de R$ 2 milhoes.
O rebaixamento para a segunda divisao foi outro ponto de discordância entre os participantes do campeonato, pois nao se aceitava que Atlético, Cruzeiro, América e Vila Nova estivessem de fora do rebaixamento. Depois de muita discussao, decidiu-se por manter esse privilégio, ``compensando' os clubes do interior com uma vaga na Copa Brasil.
Enquanto aguardam os adversários para a fase final do estadual, Atlético, Cruzeiro, América e Vila vao disputar a Supercopa dos Campeoes de Minas Gerais, que definirá o representante mineiro na Copa Centro-Oeste, organizada pela CBF. Participam da copa equipes de Goiás, Tocantins, Espírito Santo, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Distrito Federal.
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