Natural de Diadema, Marcelo Felipe Sampaio chega ao festival de curtas-metragens com dois filmes inéditos. "Gosto de contar histórias e tenho de botar tudo isso para fora. Ficar só na ideia é horrível", diz o diretor, que trabalha em Santo André - na S2 Produção Multimídia - e mora em São Bernardo.

Um de seus trabalhos é o ‘fic-doc' O Guardado, que assina ao lado do amigo Paulo Alvarenga. O enredo é baseado em experiência sobrenatural vivida por Alvarenga no Mato Grosso do Sul, onde mora. Certo dia, segundo ele, um espírito lhe apontou um tesouro guardado, mas ele nunca se atreveu a procurá-lo. O curta pode ser visto na quarta-feira, às 17h, no Cine Olido. Sampaio projeta transformar o curta em um verdadeiro documentário.

A fascinação por cinema o levou a fazer Pixote 30 Anos Depois..., em homenagem ao filme Pixote - A Lei do Mais Fraco. A obra mistura cenas do longa de Hector Babenco com depoimentos de pessoas envolvidas, além de amarrar cenas com a situação de sua cidade natal. Há sessão na sexta-feira, às 16h, no Centro Cultural São Paulo (Rua Vergueiro, 1.000. Tel.: 3397-4002).

O trabalho independente marca a trajetória de Sampaio no cinema. "Como sou ansioso, procuro viabilizar a arte. Ser polivalente te ajuda a realizar os trabalhos. Geralmente faço tudo", diz. A carreira cinematográfica começou em 2000 e, desde então, conta com cerca de 15 curtas no currículo.

O próximo passo seria se aventurar em seu primeiro longa. "Só não lancei meu longa porque ainda não tive dinheiro suficiente. Será bacana fazer com tudo o que tenho direito. Quero algo bem profissional".

Polêmico, Sampaio promete causar controvérsia com o lançamento do curta Eldorado, Diadema, programado para o ano que vem e que tem como pano de fundo as lendas urbanas da presença de nazistas no bairro do título.