Metalúrgicos de Santo André e Mauá e químicos da região decidem hoje os próximos passos das campanhas salariais deste ano, já que a data-base de ambos os setores é 1º de novembro.
Os trabalhadores de indústrias químicas votam, em assembleia, se aceitam a proposta patronal de reajuste salarial de 8% - anunciada na última rodada de negociação, dia 29.
Já os funcionários da base do Sindicato dos Metalúrgicos de Santo André e Mauá decidem se entrarão em greve, caso a classe empresarial não encaminhe proposta até terça-feira (9), dia em que a Federação dos Metalúrgicos do Estado de São Paulo tem agendada rodada de negociação com a bancada patronal.
PROPOSTA
Além do reajuste de 8%, representantes da indústria química propuseram aos 38 mil trabalhadores da região aumento de 9,2% sobre o piso salarial atual, passando de R$ 815 para R$ 890. No caso da PLR (Participação nos Lucros e Resultados), o aumento será de 10% no valor mínimo, passando de R$ 600 para R$ 660. "Nossos militantes acreditam que a proposta é viável, e por isso, deve ser aprovada pelos companheiros", afirma o secretário-geral do sindicato regional dos químicos, Sidney Araújo dos Santos.
Em 2009, os químicos aprovaram um reajuste salarial de 6%. "Neste ano conseguimos um bom índice", observa o secretário-geral.
SEM ACORDO
Até o momento, os 24 mil metalúrgicos de ambas as cidades não receberam, da classe patronal, contrapropostas aos itens pautados na campanha salarial deste ano. "Estamos aguardando a reunião dos empresários com a federação. Caso nada seja apresentado, não restará outra alternativa senão parar as fábricas", conta o presidente da entidade sindical, Cícero Firmino, o Martinha.
A federação dos metalúrgicos aconselhou a base a não aceitar um reajuste salarial inferior a 9%. No ano passado, em meio à crise financeira, a categoria alcançou aumento salarial de 6,53%
EMAmbas as assembleias têm início às 18h de hoje, nas sedes dos sindicatos.
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