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'Baixinho folgado' encara craques do streetball
Thiago Varella
Especial para o Diário
19/01/2006 | 08:47
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Tamanho não é documento nem mais no basquete. Um baixinho folgado roubou a cena quarta-feira em São Caetano, durante uma apresentação de streetball. O garoto Cauê Milliatti de Oliveira, 16 anos, saiu quarta-feira a tarde de sua casa em Pinheiros para São Caetano com um objetivo: conseguir jogar basquete com seus ídolos. Quatro jogadores do time norte-americano de streetball – basquete de rua – AND1 foram ao Espaço Verde Chico Mendes selecionar uma pessoa para jogar contra eles, sábado, no ginásio do Ibirapuera, às 18h, com transmissão da ESPN Brasil.

Cauê, que treina streetball há dois anos, era apenas uma das 400 pessoas presentes no local. Ele grudou no alambrado e foi chamado para um jogo de quatro contra quatro. "A emoção de jogar com eles é enorme. Conheci e comecei a jogar streetball vendo os vídeos deles na TV e imitando as principais jogadas", contou.

Os jogadores Taurian The Air Up There Fontenette, Tony Go Get It Jones, Shane The Dribbling Machine Woney e Brian Taylor, ala do time de Limeira, enfrentaram quatro brasileiros, em uma partida sem contar pontos e selecionaram um para o jogo de sábado. Em quadra, fizeram o que o público queria. Jogaram, driblaram, correram, dançaram e, claro, enterraram, de várias maneiras diferentes.

Todos os jogadores em quadra enterraram, menos Cauê. Com 1,69 m de altura, o garoto mal encostava no aro. Mas nem por isso se intimidou. Foi o único brasileiro que chamou os norte-americanos para o drible. Todos os presentes acharam aquele baixinho folgado, mas ele driblou tanto que foi o escolhido. "Consegui. Um dos meus maiores ídolos é o Shane e vou jogar contra ele no Ibirapuera", contou. Seu sonho é jogar profissionalmente no exterior. "Nunca consegui disputar peneiras. Brincava de jogar basquete na rua e, em um evento, fui chamado para jogar na Liga Urbana de Streetball, onde eu treino".

Shane Woney, ou A Máquina de Driblar, como é conhecido estava muito feliz de ter sido reconhecido pelos torcedores. "Para Michael Jordan e Magic Johnson serem reconhecidos em um lugar como o Brasil é normal, mas para mim, ser chamado de ídolo é demais", falou. "Cresci em um subúrbio de Nova York, em um lugar parecido com os guetos do Brasil. Me sinto em casa com esse público". Sexta-feira, o AND1 visitará uma quadra na favela de Heliópolis.




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