Violência viária resultou em 59 vítimas fatais entre as sete cidades, sendo 24 motociclistas e 22 pedestres atropelados neste ano
Os acidentes de trânsito entre as sete cidades da região levaram 59 pessoas a óbito entre janeiro e março deste ano. O número corresponde a 34,09% mais mortes do que no mesmo período de 2016, quando a violência viária resultou em 44 vítimas fatais no Grande ABC. O balanço regional leva em conta os dados divulgados mensalmente pelo Infosiga (Sistema de Informações Gerenciais de Acidentes de Trânsito do Estado de São Paulo).
As principais vítimas do trânsito no primeiro trimestre deste ano foram os motociclistas, tendo em vista as 24 mortes contabilizadas. Na sequência, os pedestres aparecem como segundo maior grupo de risco, com 22 óbitos causados por atropelamento. Os acidentes automobilísticos resultaram em oito mortes e um ciclista também perdeu a vida no período. Outros quatro casos não tiveram o meio de locomoção da vítima identificado no boletim de ocorrência.
São Bernardo aparece, disparado, como município com trânsito mais inseguro entre as sete cidades, com 24 registros de acidentes com morte no período. Santo André contabilizou 11 ocorrências do tipo, mesmo número observado em Diadema entre janeiro e março (veja mais na arte ao lado).
Quase 73% das vítimas fatais do trânsito na região no primeiro trimestre correspondem a homens: 43 pessoas. Foram contabilizadas ainda 16 mortes de mulheres no mesmo período.
No geral, os atropelamentos ocorrem em avenidas movimentadas nas áreas centrais, além de trechos urbanos de rodovias, como os casos da Imigrantes, em Diadema, e Índio Tibiriçá, em Ribeirão Pires.
Os números ressaltam a questão da imprudência por parte de motoristas e pedestres, problema que, segundo especialistas, somente será solucionado com a insistência da Educação para o trânsito com crianças a partir dos 5 anos. Chefe do departamento de medicina de tráfego da Abramet (Associação Brasileira de Medicina de Tráfego), Dirceu Rodrigues Alves Júnior é crítico em enfatizar que o ser humano ainda subestima os perigos da considerada “máquina sobre rodas”.
A fiscalização por parte dos agentes de trânsito das administrações municipais também é vista como medida eficaz no que diz respeito a evitar acidentes, principalmente aqueles que envolvem pedestres. Isso porque o CTB (Código de Trânsito Brasileiro) estabelece punição para motoristas que desrespeitam a faixa de segurança. A multa a ser paga varia entre R$ 85,13 e R$ 191,53.
O mapeamento estadual tem o objetivo de fornecer subsídios para a elaboração e o desenvolvimento de políticas públicas e ações para reduzir a violência no trânsito. A meta é que as vítimas fatais nos acidentes do tipo no Estado caiam pela metade até 2020.
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