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Garota feita refém aparece na janela e recebe comida
Do Diário OnLine
15/10/2008 | 00:06
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A estudante Eloá Cristina da Silva, 15 anos, que é mantida refém há quase dois dias pelo ex-namorado, apareceu na janela do apartamento por volta das 12h20 desta quarta-feira e recebeu alimentos. A adolescente lançou uma corda feita de lençóis e, no térreo do prédio, o irmão dela amarrou na ponta uma sacola contendo mantimentos.

Durante a aparição, Eloá conversou rapidamente com o irmão e pediu calma a ele, sinalizando com a mão. A imprensa acompanhou a movimentação de longe, já que, por motivos de segurança, os arredores do prédio estão isolados pela polícia. Logo em seguida, as janelas do apartamento foram fechadas.

O auxiliar de produção Lindemberg Fernandes Alves, 22 anos, que invadiu a residência da família de Eloá às 13h30 de segunda-feira, ainda não deu sinalização de quando irá se render. As negociações com ele, feitas por telefone celular, são conduzidas por homens do Gate (Grupo de Ações Táticas Especiais).

Eles seguem posicionados na entrada do prédio, localizado em um conjunto habitacional da CDHU no Jardim Santo André, mas não há expectativa de invasão do local. A polícia teme que qualquer ação resulte na morte da refém, uma vez que Alves está armado e avisou que possui farta munição. Ontem, ele realizou quatro disparos.

De acordo com o capitão Adriano Giovaninni, a falta de exigências por parte do rapaz vem dificultando as negociações. "Ele diz que não quer nada. Não fez nenhum pedido. Isso complica porque a exigência é o fator para se estabelecer a conversa", disse.

A única exigência feita pelo rapaz, na noite de ontem, resultou na libertação da segunda refém que era mantida no apartamento, Naiara Viera, 15 anos. Como a energia no imóvel havia sido cortada, o auxiliar de produção pediu à polícia o retorno da luz, e a solicitação foi acatada com a contrapartida de que uma das garotas fosse solta.

Naiara é colega de escola de Eloá e estava no apartamento no momento em que o rapaz invadiu o local. Outros dois garotos também estavam no imóvel — fazendo um trabalho escolar —, mas foram libertados pelo seqüestrador no mesmo dia.

Segundo familiares de Alves, ele não se conforma com o fim do relacionamento com Eloá, que durou quase três anos, e por isso tomou a atitude desesperada. Ontem, uma das irmãs dele, Francimar Alves, disse que o jovem "estava com depressão depois do fim do namoro e cometeu uma loucura".




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