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Atila demite funcionários da FUABC ligados ao PT
Por Felipe Siqueira
Especial para o Diário
11/04/2017 | 07:00
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O governo do prefeito de Mauá, Atila Jacomussi (PSB), decidiu cortar cerca de 30 pessoas, neste ano, que trabalhavam sob contratação da FUABC (Fundação do ABC), na rede de Saúde do município, por serem ligados, direta ou indiretamente, ao PT. Os funcionários alegam que os desligamentos, ocorridos no dia 16, têm conotação política e que ainda não receberam suas rescisões.

A medida, de acordo com ex-funcionários, se resume a desentendimentos entre indicados do governo Atila com o ex-vice-prefeito e então candidato a vereador no pleito de outubro Paulo Eugenio Pereira Júnior (PT). “Apoiei abertamente (Paulo Eugenio) e havia rixa com o candidato. Quando foi secretário de Saúde, eles se desentenderam. (Outra pessoa demitida) É prima (do candidato), outro é muito ligado a ele”, afirmou um dos ex-funcionários, que prefere se manter no anonimato, referindo-se à diretora administrativa da entidade, Lucy de Souza Lima. Não há provas, contudo, do entrevero.

Ronaldo Vieira de Castro, um dos demitidos no dia 16, alegou que até foi marcada data para homologação, mas que, pouco antes do prazo, recebeu ligação que lhe informou que o processo havia sido cancelado. “Tinham marcado homologação para o dia 13 de abril”, disse. Ele atuava na parte de manutenção do Hospital Dr. Radamés Nardini. “A gente ficou desamparado (no sentido de dinheiro, verba rescisória). (A atitude foi tomada) Em represália a quem apoiou ele (Paulo Eugenio)”, completou ex-funcionário, que não quis se identificar.

O procedimento, no entanto, não é exclusividade de Mauá. Santo André e São Caetano também demitiram depois da troca de gestões municipais. Só Santo André, por exemplo, desligou 1.000 funcionários, justificando a atitude por inchaço da máquina pública. Para o Paço andreense, o procedimento custou cerca de R$ 10 milhões.

Em São Caetano, foram dispensados 350 servidores. Destes, apenas 76 receberam verba rescisória. O alegado, à época, era que o teto para se efetuar o pagamento seria de rescisão de, no máximo, R$ 5.000. Quem possuía valores acima disso deveria procurar a Justiça.

Em nota, a Prefeitura de Mauá afirmou que, por ser início de gestão, estão sendo feitos ajustes na máquina pública e que a FUABC tem independência para contratações e demissões, na cidade. “Contratos do município com fornecedores e prestadores de serviços estão passando por repactuação.”

Ainda em nota, o Paço justificou que “o principal motivo dessa reorganização é a queda de arrecadação que atinge municípios, Estados e a própria federação”. A FUABC é responsável pela gestão plena do Nardini, além de administração complementar nas 23 UBSs (Unidades Básicas de Saúde), quatro UPAs (Unidades de Pronto Atendimento), Caps (Centro de Atendimento Psicossocial) e vigilâncias. 




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