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Barak e Arafat se manifestam nesta quarta sobre discussoes nos EUA
Das Agências
24/12/2000 | 11:58
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Israelenses e palestinos responderao na próxima quarta-feira se aceitam ou nao as propostas de compromisso do presidente norte-americano Bill Clinton sobre o futuro de Jerusalém Leste, o direito ao retorno dos refugiados palestinos e as fronteiras do futuro Estado palestino. O mandatário norte-americano apresentou neste sábado na Casa Branca várias propostas às equipes de negociadores israelenses e palestinos, depois de cinco dias de discussoes em Washington.

O ministro israelense de Relaçoes Exteriores, Shlomo Ben Ami declarou neste domingo à rádio estatal que o primeiro-ministro Ehud Barak, que recentemente renunciou a seu cargo, e o presidente da Autoridade Palestina, Yasser Arafat, deverao dar uma resposta a Clinton nesta quarta-feira.

Segundo Ben Ami, o objetivo, em caso de resposta positiva das duas partes, é chegar a encontros separados Clinton-Barak e Clinton-Arafat até o final da semana, durante os quais se poderá verificar se é possível organizar uma reuniao de cúpula entre Barak, Arafat e Clinton, que pode ocorrer na semana posterior. ``Chegou a hora da verdade', assinalou o chanceler.

Segundo os meios de comunicaçao israelenses, citando autoridades locais, Clinton propôs a criaçao de um Estado palestino em 95% da Cisjordânia. Os 5% restantes corresponderiam aos setores onde estao instaladas as maiores colônias israelenses da Cisjordânia, que seriam anexadas por Israel.

A Esplanada das Mesquitas em Jerusalém Leste, anexada por Israel em 1967, passaria para a ``soberania de fato' dos palestinos, mas os israelenses teriam livre acesso ao Monte do Templo judeu, que se estende na área da Esplanada. Os bairros árabes de Jerusalém Leste passariam para o controle palestino.

No entanto, o presidente dos EUA se opoe ao direito ao retorno de 3,7 milhoes de refugiados palestinos. Clinton sugeriu criar um Fundo Internacional que ajudaria os refugiados a integrar-se no futuro Estado palestino ou nos países árabes onde vivem atualmente.

Por sua parte, Israel só aceitaria integrar ``um número muito limitado de refugiados no âmbito da reunificaçao familiar', segundo os meios de comunicaçao israelenses. O ministro da Justiça israelense, Yossi Beilin, afirmou que Israel continua contra o direito ao retorno, mas se referiu a uma possível divisao do poder em Jerusalém entre Israel e os palestinos. ``Os bairros palestinos nunca foram nossos', reconheceu Beilin.




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