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Governo De La Rúa enfrenta primeira greve geral
Por Do Diário do Grande ABC
05/05/2000 | 12:46
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A Argentina amanheceu, nesta sexta-feira, parcialmente paralisada devido a uma greve de 24 horas contra a política econômica e social do governo. O presidente Fernando de La Rúa, no entanto, se apressou em qualificar o movimento como 'uma medida contra o povo, que acabou de votar e eleger seu caminho``, referindo-se ao fato de ter assumido a presidência da Argentina em dezembro último.

Por sua vez. um dos líderes sindicais da greve, Julio Piumato, declarou que a greve está tendo uma importante adesao em todo o país;. 'Esta greve é para que o governo escute, para que abra os olhos e que ouça os milhoes de argentinos que hoje estao sofrendo``, acrescentou Piumato.

Até o momento, nao há dados indicativos dos alcances da paralisaçao, mas como verifica-se uma grande adesao no setor de transporte público de passageiros, isso indica que aqueles que nao aderiram ao movimento estao tendo dificuldades para chegar ao trabalho. Tampouco havia dados referentes à situaçao no interior do país. A paralisaçao conta com maior participaçao dos sindicatos dos transportes, caminhoneiros, estatais, professores, judiciais e metrô.

A greve é patrocinada por dissidentes da antiga Confederaçao Geral do Trabalho (CGT) em protesto contra uma possível reforma trabalhista e à política de ajuste econômico. Outro setor da CGT nao aderiu ao movimento, mas deixou seus seguidores livres para decidir se apóiam ou nao a greve. Os bancos e as empresas privatizadas funcionavam normalmente, enquanto que nos hospitais havia atraso no atendimento aos pacientes.

De acordo com o subsecretário de Segurança, Carlos Martín, antes do meio-dia (hora local), foram registrados pequenos incidentes isolados, como interdiçao de estradas e danos a ônibus que circulavam pelas ruas da capital.

Esta é a primeira greve enfrentada pelo governo de Fernando de La Rúa, que assumiu em 10 de dezembro.




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