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Nove atuaram em morte de diretor
Por Luciano Cavenagui
Do Diário do Grande ABC
06/03/2007 | 23:36
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Nove pessoas participaram do assassinato do diretor do CDP (Centro de Detenção Provisória) de Mauá, Wellington Rodrigues Segura, 31 anos, em 26 de janeiro. Quatro foram detidos, três já pertencentes ao sistema prisional e dois estão foragidos. A Polícia Civil do município praticamente encerrou o inquérito e esclareceu todo o caso terça-feira.

Como o Diário já havia antecipado em reportagem publicada poucos dias depois do crime, o homicídio foi encomendado pela cúpula do PCC (Primeiro Comando da Capital) encarcerada em Presidente Venceslau após receber relatório de supostos maus-tratos cometidos por Segura em Mauá.

“Quem deu a ordem para a execução foi o Carrefour, piloto (líder geral) em Presidente Venceslau. Como os outros líderes estavam incomunicáveis, ele tinha carta branca para tomar as decisões”, afirmou o delegado Américo dos Santos Neto, delegado-titular da delegacia sede de Mauá e responsável pelas investigações.

A cúpula referida pelo delegado era composta pelo líder máximo da facção, Marcos William Herbas Camacho, o Marcola, detido em Presidente Bernardes, além de Júlio César Guedes, o Julinho Carambola, preso no mesmo local, e Rogério Jeremias de Simone, o Gegê do Mangue, encarcerado em Presidente Venceslau.

O relatório foi feito 15 dias antes do crime pelos detidos no CDP de Mauá Adriano Nogueira Leite, o Adrianinho, e Maurício José de Santana, o Seqüestro. “O Carrefour recebeu esse relatório por meio de uma visita ou advogado. Não conseguimos definir isso”, afirmou o delegado.

Carrefour ordenou que Fábio Aparecido de Almeida, o Magrelo, planejasse o execução. Ele era sintonia (líder regional) geral no Grande ABC. Fez levantamento da vida do diretor e providenciou as armas, especialmente um fuzil calibre 30.

Magrelo, por sua vez, contatou Ricardo de Paula Ferreira, o Ricardo R., para arranjar três executores: David Borges da Silva, o Baiano, Denis Humberto Magni, o Magui, e Luciano Pereira, o Shampoo.

Fábio de Oliveira, o Pezão, foi incumbido de esconder o fuzil. Ricardo R. e Shampoo são os únicos que ainda não foram presos.




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