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Mercedes intensifica expansão no Brasil
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03/06/2010 | 07:00
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Com a crise europeia prolongando as dificuldades nas economias desenvolvidas, a Mercedes-Benz intensifica sua expansão no Brasil para aproveitar o aquecimento do mercado de caminhões, turbinado pela isenção de IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) e crédito barato. Para os executivos da multinacional alemã, mesmo com o fim dos incentivos, o mercado brasileiro de caminhões crescerá a pelo menos 4% ao ano até 2020.

Esse número norteia o ritmo acelerado com que engenheiros da Mercedes tocam projetos para passar a produzir caminhões na fábrica de veículos de passeio da companhia em Juiz de Fora (MG). Segundo o executivo mundial da Mercedes que lidera a divisão de caminhões da multinacional alemã, Hubertus Troska, a operação mineira começa já em "meados de 2011".

Atualmente, a produção desses veículos no Brasil está concentrada na unidade de São Bernardo, que vem operando com jornadas extras para dar conta da demanda. Só entre janeiro e maio, a Mercedes aumentou em 70% suas vendas de caminhões.

A produção na Alemanha ainda é maior porque atende toda a Europa, explica Troska, mas, no ano passado, a Mercedes vendeu mais caminhões no Brasil do que no seu país de origem. E o feito deve se repetir neste ano. "É fenomenal o que está acontecendo no Brasil. Enquanto a crise é muito grande na Europa, todo mundo aqui está dançando samba", brinca o executivo.

A expectativa da companhia é abocanhar neste ano pelo menos 30% de todas as vendas de caminhões no País, que, para o presidente da Mercedes-Benz Brasil, Jürgen Ziegler, vai chegar a 135 mil unidades. Em 2009, a empresa teve 28,5% desse mercado.

Em março, a Mercedes anunciou investimentos de R$ 1,5 bilhão (R$ 1,2 bilhão financiado pelo BNDES), para aumentar em 10 mil a capacidade anual de 65 mil unidades da fábrica de São Bernardo. Ziegler diz não ter fechado ainda o volume de investimentos que será feito em Juiz de Fora, mas confirmou que será grande. "Ainda estamos definindo o modelo que vamos produzir lá e o tamanho da produção."

Na visão de Ziegler, as vendas de caminhões continuarão a crescer no Brasil mesmo sem os incentivos fiscais ou os juros subsidiados de 4,5% do programa Procaminhoneiro, do BNDES, que aprovou R$ 3,6 bilhões em financiamentos nos últimos dez meses.




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