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Testemunha que 'tomou todas' é dispensada após citas 5 suspeitos
Do Diário OnLine
25/01/2002 | 00:17
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O vendedor Fábio Bernardes Viana de Oliveira, 29 anos, ex-morador de Santo André e que reside em Monte Sião (MG) há sete meses, conseguiu complicar ainda mais as investigações do caso Celso Daniel. Garantindo ter informações sobre os autores do assassinato do prefeito, ele acabou provocando o deslocamento de um equipe da Divisão Anti-Seqüestros (DAS) de São Paulo a Minas Gerais, além da montagem de uma operações malograda nas favelas Sacadura Cabral e Tamarutaca, em Santo André.

Depois de mudar de versão por três vezes e admitir que estava bêbado na primeira vez em que depôs, Bernardes foi oficialmente descartado como testemunha na noite desta quinta.

Para a polícia, o vendedor estava interessado na recompensa de R$ 50 mil prometida pelo governo de São Paulo a quem fornecer informações que levem à prisão dos autores da morte de Celso Daniel. Foi uma das suposições que ele confirmou na quarta, além do seu estado de embriaguez. "Bebi além da conta. Achei que ganharia R$ 50 mil de recompensa. É isso que dá tomar todas", disse.

Informações - Bernardes foi preso na terça-feira à noite, depois de, embriagado, gritar na frente da delegacia de Monte Sião que sabia quem eram os responsáveis pela morte de Celso Daniel.

A polícia o deteve e chamou uma equipe da DAS, que se deslocou de São Paulo para ouvi-lo. Durante depoimento, ele teria dito vários apelidos de supostos membros do crime organizado de Santo André, mas depois voltou atrás, reconhecendo que estava bêbado.

Para o delegado Fábio de Oliveira, da seccional de Ouro Fino, município vizinho a Monte Sião, Bernardes é um "caçador de recompensas". "Ele negou tudo depois e afirmou que estava sob o efeito de substância entorpecente", contou o policial.

Nesta quinta, voltou à delegacia e reafirmou saber sobre o crime, motivando a polícia paulista a investigar algumas das informações. A suposta testemunha afirmava que ouviu moradores das favelas Sacadura Cabral e Tamarutaca, em Santo André, planejarem a morte de Sérgio da Silva Gomes, empresário que acompanhava Celso Daniel na noite de sexta-feira.

O vendedor afirma que o assassinato de Celso não teria motivação política, mas seria uma "queima de arquivo". O comerciante diz que o prefeito foi pego por engano, pois o alvo seria o amigo e ex-assessor dele. A execução ocorreu porque os bandidos temiam o fato de Celso Daniel poder reconhecê-los e denunciá-los se fosse libertado.




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