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Investimentos renovam ânimo da construção civil
05/07/2010 | 07:00
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Uma nova onda de investimentos públicos e privados renovou os ânimos da construção civil brasileira, que tem batido recordes de produção e emprego mês a mês. Depois de atingirem o fundo do poço na depressão financeira dos anos de 1980 e 1990, agora as construtoras comemoram novo "milagre econômico", a exemplo do que ocorreu na década de 1970.

Entre 2003 e 2008, o valor total das obras do setor teve crescimento real (descontada a inflação) de 60% - bem acima dos 26,4% do PIB (Produto Interno Bruto) no período.

MOVIMENTO - O forte movimento foi impulsionado especialmente pela retomada das construções para o setor público, cujo avanço foi de 69,5%, conforme dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Os projetos da iniciativa privada, que respondem pela maior parte do volume total de obras (56%), subiram 54,6%.

Toda a cadeia da construção representa 9% do PIB total do País. Embora na década de 1970 essa participação tenha atingido 15%, hoje o volume total de obras é muito maior, afirma o presidente da Cbic (Câmara Brasileira da Indústria da Construção), Paulo Simão. "Estamos num momento muito especial. Com o avanço de novos projetos, esperamos elevação de 9% no PIB do setor neste ano."

O executivo comenta que o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), espécie de grife do atual governo que anda mais devagar que o necessário, ajudou a fortalecer o ressurgimento da construção civil, sufocado durante os anos 1980 e 1990. "Apesar das críticas, o programa foi um indutor do crescimento", afirma a consultora da FGV Projetos, Ana Maria Castelo.




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