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Polêmico, Vampeta ataca de treinador
Anderson Fattori
Do Diário do Grande ABC
16/05/2010 | 07:29
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Claudinei Plaza/DGABC


Vampeta é daqueles personagens que passam pelo futebol e deixam marca. Falastrão, carismático, especialista em marketing pessoal e bom de bola, conquistou a confiança dos torcedores. Foi ídolo no Corinthians e campeão do mundo com a Seleção Brasileira em 2002. Agora, depois de 20 anos como jogador, trocou as chuteiras pela prancheta e iniciou a carreira de técnico no Nacional por meio de parceria com o Corinthians para disputar a Segundona - equivalente à quarta divisão do Estadual.

Diferentemente do temperamento agitado da época de jogador, o agora técnico Vampeta é um sujeito calmo e que poucas vezes levanta do banco de reservas para passar instruções. Diz o que precisa ao pé do ouvido. Mas é inegável que possuí respeito por tudo que conquistou. "Futebol não tem segredo. Sempre fui líder pelas equipes onde passei e agora, nessa nova função, tenho impressão que posso me dar bem. Não há nada de novo nas questões táticas, só preciso passar para essa garotada tudo que aprendi", destacou.

Com o bom humor de sempre, Vampeta se mostrou satisfeito em poderá voltar a trabalhar no Corinthians. A equipe cedeu e paga os salários de todos os jogadores e comissão técnica da equipe do Nacional que emprestou o nome e o campo para disputar a competição. "É uma parceria interessante para todo mundo, os jogadores que não estavam sendo aproveitados no Corinthians agora têm uma ótima oportunidade para mostrar serviço. Temos grandes valores aqui, jogadores que já atuaram pelas seleções brasileiras de base e que são promessas para um futuro bem próximo", garante.

Vampeta pendurou as chuteiras em 2008 quando teve breve passagem pelo Juventus. Entre os momentos que marcaram a carreira, sem dúvida, o mais especial foram as cambalhotas na rampa do planalto na frente do então presidente Fernando Henrique Cardoso, na comemoração do pentacampeonato mundial com a Seleção em 2002. Polêmico, Vampeta foi quem deu o pejorativo apelido de bambi ao São Paulo e que até hoje causa desconforto entre as diretorias e os torcedores. Quando atuou pelo Flamengo, em 2001, deu a polêmica declaração: "Eu fingia que jogava e o clube fingia que me pagava", referindo-se aos salários atrasados.

Mesmo fora dos campos há dois anos, ainda possui incrível respeito dos corintianos, que não perdem uma oportunidade de tirar uma foto ou pedir autógrafo. "Acho muito legal esse reconhecimento. Ao lado do Marcelinho (Carioca) sou o maior vencedor pelo clube com sete títulos", orgulha-se o ex-volante referindo-se as conquistas de dois Campeonatos Brasileiros (1998 e 1999), dois Paulistas (1999 e 2003), um Mundial de Clubes (2000), um Torneio Rio-São Paulo (2002) e uma Copa do Brasil (2002).




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