No Brasil, a maior parte dos financiamentos para o setor elétrico é feita pelo BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), em real, sem impacto cambial.
De acordo com a ministra, não se justifica adotar o IGP-M como indicador porque estes empréstimos são feitos em real. Mas se houver uma participação maciça de recursos externos será necessário ter algum índice que contemple a variação dos contratos em moeda forte. "Agora, o que eu tenho visto por parte dos agentes é uma imensa aversão à captação externa, portanto, ao risco cambial”, disse.
Segundo a Agência Brasil, Dilma Roussef lembrou, ainda, que nesta questão do índice de ajuste dos contratos a posição do Ministério da Fazenda é semelhante à do seu Ministério.
A ministra ressaltou, porém, que essa questão não está definida, mas, sem dúvida, será fundamentada em questões técnicas. “Se não se não houver recursos externos, adotar o IGP-M como parâmetro é transferir renda desnecessariamente. Índice de correção é índice de atualização e não de transferência de renda”, afirmou.
Dilma garantiu que até a realização dos leilões a decisão sobre o índice de atualização a ser adotado estará tomada e, naturalmente, após discussões com os setores envolvidos. “Nós já havíamos colocado o IPCA para consulta pública junto ao modelo do setor elétrico encaminhado à Aneel e promulgado em julho, mas a Agência retirou o índice e não sabemos porque. Não é culpa nossa se assunto ainda não foi debatido como devia”.
Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.