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Disputa por Senado deve forçar prévia no PSDB-SP
12/12/2009 | 08:52
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A acirrada disputa travada nos bastidores do PSDB com vistas às eleições 2010 não se restringe apenas à briga entre os governadores de São Paulo, José Serra, e de Minas Gerais, Aécio Neves, para a escolha da cabeça de chapa da legenda à sucessão do presidente Lula. Em São Paulo, outro embate agita o ninho tucano nessa fase de pré-campanha: a corrida pela vaga ao Senado.

A disputa está tão acirrada que a realização de prévia para a escolha do candidato já vem sendo discutida pelos correligionários e deverá ser a única maneira de aplacar os ânimos e definir pacificamente o nome tucano que entrará nessa briga.

Cinco lideranças tucanas já colocaram seus nomes para a disputa ao Senado. São eles: o presidente estadual do PSDB de São Paulo, deputado federal Antonio Carlos Mendes Thame; o líder da legenda na Câmara dos Deputados, José Aníbal; os secretários estaduais da Educação, Paulo Renato, e do Meio Ambiente, Francisco Graziano; e o deputado federal Antonio Carlos Pannunzio. Como não há, até este momento, intenção de desistência de nenhum deles, a realização de prévia deverá ser colocada em prática.

O mesmo expediente também poderá ser utilizado para definir os candidatos à Presidência da República e ao governo do Estado, disputado pelos secretários da Casa Civil, Aloysio Nunes Ferreira, e do Desenvolvimento, Geraldo Alckmin.

Apesar de dispor de duas vagas para concorrer ao Senado, os correligionários do PSDB deverão ficar, na prática, com apenas uma delas. Isso porque a outra já foi definida para o PMDB de Orestes Quércia, em acerto fechado nas eleições municipais de 2006 e que possibilitou a reeleição do prefeito da Capital, Gilberto Kassab (DEM).

A aliança com o PMDB no Estado é considerada essencial. Além da capilaridade, o partido dispõe do maior tempo da propaganda partidária no rádio e na TV. Além disso, o acordo foi firmado com a chancela de uma das maiores lideranças do PSDB e virtual candidato à Presidência, o governador José Serra.

Prévias - Em 2002, o PSDB já utilizou o mesmo expediente para a escolha do candidato ao Senado. Na ocasião, José Aníbal e Zulaiê Cobra Ribeiro (sem partido) pleiteavam a vaga. Aníbal venceu as prévias, mas perdeu o pleito para Aloizio Mercadante (PT) e Romeu Tuma (que se elegeu pelo antigo PFL, mas trocou a legenda pelo PTB).

Neste cenário, onde os tucanos caminham com muitos nomes para poucas vagas, a composição da chapa das eleições proporcionais - que definirão deputados federais e estaduais - também está no centro das preocupações do PSDB.




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