O São Caetano já trabalha para manter a fama de contar com bons goleiros. Diferentemente do que ocorreu com Sílvio Luiz e Luiz, que chegaram já profissionais, o clube aposta nas categorias de base e dois novatos já estão sendo preparados para serem os donos da camisa um em breve. Um deles, Carlão, passou a ser o segundo goleiro por causa da contusão de Luiz. O outro é Rudimar, ou Avatar, como é chamado, pela suposta semelhança com o personagem do cinema.

Vice-campeão paulista sub-20 em 2008, Carlão, 21 anos, já participou de dez jogos neste ano como segundo goleiro - oito no Brasileiro e dois no Paulistão. No entanto, a primeira vez que esteve perto de ir para o front foi contra o Criciúma, porque Leandro sentiu o joelho após dividida. "Bateu o friozinho na barriga sim, pela ansiedade. No entanto, fiquei tranquilo porque estou preparado. Somos bem orientados pelo Zurlo (Fernando Zurlo, preparador de goleiros)."

No clube desde 2008, Carlão, que deixou a casa dos pais em Botucatu aos 15 anos para tentar a sorte no futebol, começou a carreira no XV de Piracicaba. Ele e Avatar analisam que pelo fato de os goleiros terem poucas oportunidades e demorarem mais tempo para se destacar, os goleiros precisam ter boa virtude, a paciência. "O Luiz está aqui há nove anos e ficou seis na reserva. Tomo isso como exemplo", disse Carlão, que tem contrato até dezembro.

Além de goleiros, a dupla tem outro ponto em comum. É fã de Marcos, do Palmeiras. "Além de ser um bom goleiro, tem personalidade", elogiou Avatar, nascido em Paraobé (RS) e que antes da chegada ao Azulão passou pela Portuguesa e o Nacional, da Água Branca.

Independentemente do caminho a ser trilhado nos próximos anos, a dupla tem uma certeza: quer seguir no meio esportivo, mas não como técnico. "Vida de goleiro já não é fácil. Se um volante falha, tem o zagueiro para corrigir. No nosso caso, não. Imagina a pressão sobre um treinador", comentou Carlão

Nairo volta a garantir permanência de Vadão até o Paulista

Embora o São Caetano esteja entre os últimos colocados e Oswaldo Alvarez, o Vadão, tenha conquistado apenas três vitórias em 11 partidas, o presidente do clube, Nairo Ferreira de Souza, reafirmou que o técnico será mantido até o fim de seu contrato. O vínculo é válido até o encerramento do Paulistão de 2012.

"O Vadão será nosso técnico até o encerramento do contrato, independentemente do que ocorrer no futuro. Se o time cair (para a Série C do Brasileiro), ele cai junto", disse o dirigente, por meio da assessoria do clube.

Apesar da garantia de Nairo, o fato é que treinador tem parado pouco tempo no clube nos últimos anos, em média três meses. Desde 2007, ano em que passou a disputar a Série B do Brasileiro, já passaram pela agremiação 15 treinadores, entre eles o próprio Vadão, de agosto de 2008 a março de 2009.