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Suzane Richthofen cuida de bebês e dá aulas na cadeia
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31/10/2003 | 00:05
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Um ano depois de ter participado do assassinato dos pais, o engenheiro Manfred von Richthofen e a psiquiatra Marísia, Suzane, 19 anos, vai acumulando tarefas na Penitenciária Feminina, no Carandiru, Zona Norte de São Paulo. Ela cuida dos filhos das colegas no berçário, dá aula de inglês e alemão para um pequeno grupo de detentas – jovens envolvidas, em sua maioria, com o tráfico de drogas – e ajuda na faxina do pavilhão. Às vezes, trabalha na horta.

Enquanto isso, o namorado, Daniel, e o irmão, Cristian Cravinhos de Paula e Silva, principais executores do casal, seguem presos no CDP (Centro de Detenção Provisória) do Belém, Zona Leste, e recebem da sua família comida extra, para dividir com os colegas de cadeia. O pai, Astrogildo, vai ao local aos sábados e domingos e diz que Daniel não se esqueceu de Suzane. "Ele quer se reencontrar e até casar com ela", afirma. "Ainda se amam muito. Aliás, a nossa família sempre comentou que nunca viram um amor tão intenso como o deles."

Sobre o crime, nada falam. As únicas pessoas com quem Suzane trata esse assunto são seus advogados. Nos primeiros meses de prisão, emagreceu quase 10 quilos. Hoje, o peso voltou ao normal, beirando os 60 quilos. "É uma moça educada, fala baixo, se mostra arrependida e todos gostam dela", disse L., que tem 19 anos, está presa por seqüestro e ficou amiga de Suzane.

L. conta ainda que, nos primeiros meses na cadeia, Suzane chorava quase todos os dias. Comentava que, se não tivesse conhecido o namorado Daniel e o irmão, Cristian, não teria assassinado os pais. Queixava-se da maneira como era tratada pelo casal. "Eram duros, não gostavam do namorado e faziam de tudo para separá-los", revelou L. Segundo a mesma amiga, durante algumas confidências Suzane revelou que, nas semanas que antecederam o crime, parecia estar "em outro mundo", longe de casa e da faculdade, onde estudava Direito.




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