O Grande ABC possui 50 Casas de Repouso com funcionamento autorizado pela Vigilância Sanitária e Prefeituras. Para abrigar idosos, estes locais precisam cumprir uma série de normas estabelecidas pela Resolução 283 de 2005 da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária. As exigências vão desde a idade mínima para internação, que é de 60 anos, até corpo médico equipamentos de acessibilidade.
A escolha de uma Instituição de Longa Permanência, como os asilos são oficialmente chamados, deve ser criteriosa. “Casa de repouso não é depósito de velhos. A família tem que ter responsabilidade na hora de escolher. Não é só olhar parede e chão. Tem a questão da licença para funcionamento, limpeza, equipe médica e inclusão social”, explica a gerente da vigilância epidemiológica e sanitária de Santo André, Sônia Oliveira Barbosa.
Entre os principais cuidados, ela ressalta o quadro de funcionários que deve estar preparado para auxiliar o idoso que apresenta limitações para realizar atividades diárias. “É obrigatório a presença de um responsável técnico na instituição”, afirma. Ele é o responsável pela organização de todos os serviços prestados: da medicação até a elaboração de atividades de esporte, lazer e socialização.
Na Instituição Assistencial Casa do Caminho, em Santo André, as 35 idosas internadas são acompanhadas 24 horas por uma equipe de 23 pessoas. Além de receberem atenção especial de cuidadores, elas passam por acompanhamento médico e sessões de fisioterapia. A casa atende as normas de acessibilidade: possui rampas, banheiros adequados à cadeirante, portas largas.
Maria Geni de Souza Andrade, 82 anos, afirma não ter reclamações do tratamento na instituição. “A equipe é muito atenciosa e se preocupa com nossa alimentação, medicação e lazer. Me divirto aqui”. Segundo a auxiliar administrativa do local, Camila Pafundi, a casa recebe apenas mulheres e todas possuem algum tipo de dependência que pode ser física, intelectual ou cognitiva.
A Instituição Nosso Lar, também em Santo André abriga 93 idosos, entre homens e mulheres. Apesar disso, todos tem a privacidade e identidade preservados. Além do atendimento médico, atividades culturais como festas e passeios são de praxe. “Aqui somos tratados como reis e rainhas,” contou Nair Orides, 70 anos e internada há 18.Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.