Um incêndio provocado provavelmente por vandalismo destruiu domingo a drogaria Farma Express, localizada na Avenida Antônio Silvio Cunha Bueno, no Jardim Inamar, em Diadema. Uma família ficou refém das chamas durante meia hora, mas ninguém saiu ferido.

Segundo a polícia, às 4h, testemunhas disseram que ouviram um homem passar em frente à farmácia e gritar: “Eu vou botar fogo no mundo”. Depois, teria jogado um coquetel molotov.

Um mendigo dormia na porta da drogaria e conseguiu sair ileso. Mas perdeu seu carrinho, que ficou todo queimado.

Seis carros do Corpo de Bombeiros foram até o local. Em cima da Farma Press, estava a família da dona de casa Marluciete Etelvina Gomes, 37 anos.

“A gente dormia e fomos acordamos com um barulho de estrondo e a sirene do alarme da farmácia. Além de mim, estavam meu marido e nossos dois filhos, de 8 e 13 anos”, afirmou a dona de casa.

Para escapar das labaredas, a família teve de subir até a laje do sobrado. “Entrou muita fumaça e ficamos desesperados. Não tinha para onde fugir. Esperamos as chamas baixarem para os bombeiros arrombarem a porta de entrada”, desabafou Marluciete.

O garoto Johny Cláudio Siqueira, 8 anos, teve de ser levado até o Pronto-Socorro Municipal e fazer inalação por causa da fumaça.

O proprietário da drogaria, Milton Katsumi Shinmoto, 46 anos, contou que teve um prejuízo de aproximadamente R$ 180 mil.

“Perdi tudo, não vai dar para aproveitar nada. Estava com o estoque cheio de remédios. Não tenho seguro porque é muito caro”, afirmou o comerciante, que mantinha a farmácia havia três anos no bairro. A família é proprietária de outras unidades localizadas no Jardim Independência, em São Bernardo, e na Capital.

“Parece que foi vandalismo mesmo. A gente trabalha duro para manter o negócio e um sujeito irresponsável faz isso”, lamentou Shinmoto.