Turismo Titulo Chile
Santiago

Conhecer a capital chilena, que mistura o antigo e o moderno, é passeio surpreendente; experimente fazê-lo de bicicleta

Por Marcela Munhoz
06/04/2017 | 07:00
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Tem gente que até gosta de dar uma voltinha na praia e uma espairecida no campo, mas é viciada mesmo em explorar as grandes cidades (eu!). Santiago, no Chile, é ótima opção para este tipo de aventureiro. A capital está localizada no vale central chileno e é considerada o maior e mais importante centro financeiro e cultural do país. Além disso tudo, está rodeada da Cordilheira dos Andes. Para onde se olha, se enxerga a formação natural. É repleta de praças por todos os lados, prédios históricos e outras construções ultramodernas, como o Costanera Center, de 300 metros de altura e 61 andares (escolha um dia de sol para tirar foto de lá de cima).

Os chilenos costumam dizer que, no mesmo dia e por uma mesma avenida, é possível tomar café da manhã na montanha e almoçar na praia. E é verdade. O desafio, porém, é percorrer o trajeto no horário de pico. Os tacos (engarrafamentos) não perdem em nada para os registrados em São Paulo. Ah, e lá eles também tem Uber.

A melhor, mais barata e saudável – não digo segura, porque falta ciclovia e respeito ao ciclista também por lá – forma de conhecer Santiago é fazer um tour de bicicleta. A empresa BellaBike, por exemplo (www.bellabike.cl), oferece vários tipos de passeio. O mais procurado e tradicional demora cerca de três a quatro horas e percorre os principais pontos turísticos a 1.500 pesos por hora (algo em torno de R$ 7) ou o pacote completo por 19.000 (quase R$ 90).

Durante o trajeto, o guia leva o grupo até os bairros de Bellavista e Patronato – onde se reúnem os estudantes para badalar. Também passa pelos mercados de La Vega (mais popular) e das flores. Os ciclistas vão ainda até a Praça das Armas, ao ex-Congresso Nacional, ao Tribunal de Justiça e o Palácio da Moeda.

Os destaques ficam por conta do charmoso Bairro Paris – Londres, onde fica uma casa em que estudantes foram torturados e assassinados durante da ditadura de Augusto Pinochet (1973–1990), e do Centro Cultural Gabriela Mistral (1889–1957), uma poetisa muito importante que fez história no Chile.

O Mercado Central, claro, é imperdível. O prédio foi inaugurado em 1872 e, em 1894, foi declarado como monumento histórico. Almoce no local – como no Donde Augusto (www.dondeaugusto.cl) - e peça para experimentar algum prato feito com centolla. Um caranguejo gigante, encontrado na costa do país. E dá-lhe frutos do mar.

Chilenos têm à disposição diversos parques e áreas verdes
É de se aplaudir de pé a quantidade de praças e parques que existem em Santiago. Os espaços são tão bem cuidados que as pessoas costumam tirar um cochilo na grama na hora do almoço. Isso se conseguirem um espacinho ao lados dos cachorros de rua de grande porte.

Reserve uma tarde para conhecer e até fazer um piquenique no Bicentenário, que fica em Vitacura, um dos melhores bairros (ou comunas) da capital chilena. O local público disponibiliza cadeira e guarda-sol. Aproveite também para alimentar os flamingos.

O passeio de teleférico, que voltou a funcionar em novembro após o terremoto de 2010, é obrigatório. Está localizado no Parque Metropolitano, em San Cristóbal. Depois da reforma, ganhou 46 cabines que percorrem trajeto 4,8 quilômetros.


GUIA DE VIAGEM

COMO IR
Existem voos diretos para o Chile (quatro horas) saindo do Aeroporto de Guarulhos de várias cias, incluindo, a Latam. O destino em Santiago é o Aeroporto Internacional Comodoro Arturo Merino Benítez.

QUANDO IR
Como possui vários tipos de paisagem, depende para onde a passagem foi comprada. Para Santiago, é bacana ir no começo do ano, até abril, quando as temperaturas estão amenas. Outra dica: quanto mais para ao Sul, mais compridos são os dias no Verão e mais curtos os de Inverno.

ONDE FICAR
Em Santiago, existem as redes tradicionais, como Ibis. Mas quem deseja serviço mais exclusivo no Centro, pode ir no Luciano K (www.lucianokhotel.com). Lá fica o elevador mais antigo da capital. Em Valparaíso, são várias as opções também, que vão desde hostels a hotéis mais caros. Para quem não liga nada para luxo e se contenta com o básico, um nome pode ser o Ultramar. Fica no Cerro Cárcel (hotelultramar.com).

TEM MAIS
Para obter outras informações sobre o destino, visite o site www.chile.travel. 




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