Seis meses após o resultado da eleição municipal de 2016, o ex-prefeito de São Caetano Paulo Pinheiro (PMDB) tem retomado a vida política, marcando presença em atividades públicas. O ex-chefe do Executivo esteve na semana passada em evento do PMDB Mulher e destacou que discute com aliados seu futuro dentro da legenda.
“Sigo no PMDB e não tem nada resolvido ainda sobre ser candidato (a deputado) no ano que vem. Estou retomando as conversas com meu grupo político”, afirmou. Em 2006, Pinheiro tentou, sem sucesso, uma vaga na Assembleia Legislativa, quando recebeu 21.969 votos.
No fim do ano passado, o presidente paulista do PTB, o deputado estadual Campos Machado, convidou Pinheiro para retornar ao partido – ao qual pertenceu a maior parte da carreira política –, contudo, o convite ainda não foi aceito.
Sobre a avaliação da derrota sofrida no pleito de outubro, o ex-prefeito atribuiu o revés à crise econômica em escala nacional. “O que mais pesou, não só para mim, mas para diversos prefeitos que tentaram se reeleger, foi o momento de recessão do País. Isso prejudicou bastante as administrações e vários não conseguiram se reeleger. Comigo não foi diferente. O povo pensava até que o problema econômico era culpa das gestões municipais. O problema econômico já vinha dos governos federal e estadual, mas as prefeituras pagaram a conta”, lamentou.
Por outro lado, Pinheiro acredita que realizou trabalho positivo nos quatro anos em que esteve na cadeira do Executivo. “Temos a consciência tranquila de que fizemos o que foi possível. As finanças da cidade foram saneadas em meu mandato e agora o que queremos é seguir ajudando São Caetano”, prosseguiu.
Ao sair do governo, o peemedebista informou que deixou superavit orçamentário de R$ 38 milhões (ou seja, ingressou mais recursos nos cofres do que o esperado), diante de um deficit orçamentário de R$ 199,7 milhões quando assumiu a Prefeitura, no dia 1º de janeiro de 2013.
NOVO GOVERNO
Pinheiro evitou, no entanto, fazer análise mais profunda sobre o início da gestão do atual prefeito José Auricchio Júnior (PSDB). “Entendo que três meses é pouco tempo. Existe o costume de se analisar um governo pelos 100 primeiros dias, mas vejo que é prematuro avaliar qualquer prefeito em tempo tão curto. Os projetos que a atual gestão tem para a cidade não seriam executados em três meses”, concluiu o peemedebista, que definiu o prazo de um ano para avaliação mais precisa da administração tucana.
Apesar disso, Pinheiro sustentou que os problemas de governabilidade enfrentados por Auricchio no Legislativo não afetam diretamente o desempenho do governo.
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