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Em meio a dilema no PT, Lula, Marinho e Grana formam cúpula sindical
Junior Carvalho
Diário do Grande ABC
26/03/2017 | 07:00
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Montagem/DGABC


Criado após ascensão do movimento sindical no Brasil na década de 1980, o PT caminha, hoje em crise institucional, para alçar três figuras do partido com raízes no chão de fábrica às cúpulas nacional, estadual e regional da legenda no PED (Processo de Eleições Diretas), marcado para 9 de abril, e no 6º Congresso Nacional da sigla, em junho.

Os nomes do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e dos ex-prefeitos Luiz Marinho (São Bernardo) e Carlos Grana (Santo André), todos ex-metalúrgicos, são defendidos por petistas do Grande ABC. Lula para a presidência nacional, Marinho para a liderança do PT paulista e Grana seria destacado à coordenação da legenda na região. A estratégia, contudo, esbarra na resistência do ex-presidente em voltar a comandar o partido que criou há quase quatro décadas. 

A candidatura de Lula é defendida pela CNB (Construindo um Novo Brasil), corrente interna majoritária da sigla, como forma de unificar o partido após o desgaste com os desdobramentos da Operação Lava Jato e com o impeachment de Dilma Rousseff (PT). O projeto também fortaleceria a candidatura do ex-presidente ao Planalto, no ano que vem. Na semana passada, porém, Lula teria recuado e avisado a interlocutores que não está disposto a ficar no comando da sigla porque quer concentrar esforços na campanha presidencial. Petistas, no entanto, tentam convencer Lula. 

Como alternativa ao nome do ex-presidente, a CNB estuda candidaturas do ex-ministro da Saúde Alexandre Padilha e do atual tesoureiro do partido, Márcio Macedo. Já o Muda PT, ala que defende a renovação do comando da legenda, prega a candidatura do senador Lindberg Farias (PT-RJ).

Na região, outro ex-sindicalista que integrará a disputa local no PT é Adi dos Santos, ex-presidente da executiva paulista da CUT (Central Única dos Trabalhadores), favorito para presidir o partido em Diadema, primeira cidade administrada pelo petismo. Ele tem o apoio do deputado federal Vicente Paulo da Silva, o Vicentinho, também ex-metalúrgico.

As principais lideranças do partido nas sete cidades articularam as candidaturas locais visando içar Marinho à presidência estadual, fortalecendo seu nome à disputa pelo governo do Estado em 2018.




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