Operação da Polícia Civil em Mauá atuou nas estações Centro, Guapituba e Capuava
Policiais civis de Mauá prenderam ontem 20 pessoas que comercializavam passagens de trem de forma irregular em frente às estações Centro, Guapituba e Capuava. Com bilhetes roubados ou cartões Bilhete Único recarregados de maneira fraudulenta, eles cobram entre R$ 3 e R$ 3,50 a tarifa, que, oficialmente, custa R$ 3,80.
A ação também ocorreu em Santo André, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra, mas o balanço não tinha sido divulgado até o fechamento desta edição. “Mensalmente, fazemos essas atuações e, em cada vez, prendemos entre 60 e 70 pessoas em 24 horas”, explica o delegado seccional de Santo André (também responsável pelas outras três cidades), Hélio Bressan.
No município mauaense, a operação contou com a participação de 15 policiais e foi iniciada às 6h. À delegacia sede foram encaminhadas 18 pessoas (entre as quais um menor de 16 anos). Com elas foram apreendidos 68 cartões Bilhete Único, totalizando R$ 9.883,90 de créditos a serem utilizados; R$ 1.645 obtidos com a venda das passagens, além de 94 bilhetes, sendo 70 produto de roubo ocorrido na Estação Utinga, em Santo André, na madrugada do dia 13. Naquela ocasião, dois homens armados renderam funcionários e levaram 8.851 bilhetes, além de dinheiro – prejuízo total de R$ 36.397,75.
No 1º DP de Mauá, dois indivíduos foram encaminhados e, com eles, a polícia encontrou 25 bilhetes único e R$ 148. “Eles não trabalham em conjunto, cada um atua de maneira independente e afirma que tiram, em média, R$ 500”, conta o delegado titular da delegacia sede de Mauá, Alberto José Mesquita Alves.
Detidos pelo crime de receptação qualificada, todos serão ouvidos hoje por juiz no Fórum andreense, em audiência de custódia. Porém, Alves conta que, em todas as operações realizadas (neste ano já é a quarta), as pessoas presas foram liberados e não há determinação de pagamento de fiança. “Dos 18 presos hoje (ontem), quatro são reincidentes, já haviam sido presos neste mês.”
Nos depoimentos, ninguém revela de quem comprou os cartões fraudados e as passagens roubadas. “A gente propõe a delação premiada, que vai ter beneficio judicial, mas ninguém diz ou soube falar, talvez até por saberem que a pena é zero”, lamenta o delegado.
A atuação da polícia realmente não intimida a ação ilegal. Na tarde de ontem, o Diário constatou ao menos seis pessoas vendendo passagem a R$ 3,50, em frente à estação central de Mauá, horas depois das prisões.
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