Prefeito de Diadema vai ao 2º mandato com base aliada desfalcada depois de racha com DEM e PPS
Após romper com bloco formado por DEM, PPS e PEN e aceitar demissão de dois secretários do grupo, o prefeito de Diadema, Lauro Michels (PV), vê sua base aliada na Câmara ficar desfalcada, corre o risco de perder a governabilidade e já vislumbra iniciar a segunda gestão com duas CPIs contra seu governo.
O Diário apurou que há disposição por parte dos oposicionistas de emplacarem abertura de comissões investigativas contra o governo Lauro. Uma das possibilidades é resgatar a abertura de bloco que investigaria supostas irregularidades na aplicação dos recursos oriundos da compra da Saned (Companhia de Saneamento Básico de Diadema) pela Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo).
“Tenho certeza que os projetos que são de interesse da sociedade não vamos ter nenhum problema (em aprovar). Eu conheço todos os vereadores e sei do comprometimento deles com a cidade”, minimizou o líder do governo na Câmara, Célio Boi (PSB).
Sem apoio dos cinco parlamentares da ala – os democratas Salek Almeida e Revelino Teixeira, o Pretinho, e Audair Leonel, Companheiro Sérgio Ramos e Jeoacaz Coelho Machado, o Boquinha (os três últimos do PPS) –, o verde perde adesão da maioria no Legislativo, tendo amparo apenas de nove parlamentares (seis do PV e três do PSB). Lauro teria dificuldades para aprovar até projetos simples do governo.
Ventila-se que a ala integrada pelos ex-aliados está disposta a reeditar a aproximação feita com os oposicionistas do PT e do PRB na disputa pela presidência da Câmara, em dezembro. Eleitos pelo arco de alianças de Lauro, vereadores do DEM e do PPS ensaiaram união com petistas, rivais declarados do prefeito, e com os republicanos – apoiaram a candidatura de Vaguinho do Conselho (PRB) ao Paço – para emplacar candidatura de Pretinho ao comando da Casa. Porém, o chefe do Executivo conseguiu garantir o voto dos dissidentes no primo Marcos Michels (PV), atual chefe da Casa.
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