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Santo Galvão é esquecido na região
Por Adriana Ferraz
Do Diário do Grande ABC
26/10/2007 | 07:15
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O primeiro dia dedicado ao Santo Antônio de Sant’ Ana Galvão, após a canonização do franciscano pelo papa Bento XVI em maio deste ano, passou em branco na região. Os moradores do Grande ABC tiveram de comemorar a data em São Paulo. O Mosteiro da Luz recebeu cerca de 5.000 fiéis durante o dia.

A ausência de celebrações regionais tem explicação. Não há paróquias dedicadas ao primeiro santo brasileiro nos sete municípios. Segundo a Diocese de Santo André, isso acontece porque a Igreja não podia dedicar nenhum templo ao frade antes de Antônio de Sant’Ana Galvão ser santo.

Mauá deve ser a primeira cidade a construir uma capela em homenagem a Galvão. A obra será erguida na Estrada do Carneiro, em Capiburgo, com capacidade para abrigar até 200 fiéis. A região é considerada carente em assistência religiosa.

Na vizinha Santo André, a comunidade da paróquia Nossa Senhora Auxiliadora até mudou o nome de uma de suas capelas. O endereço da Rua Ferrari foi rebatizado. Agora, é capela São Tiago e Santo Antônio de Sant’Ana Galvão. Mas, apesar da lembrança, nenhuma festa foi programada para ontem.

O padre Osvy José Guilarte, da comunidade Capiburgo, de Mauá, explica que a variedade de datas confunde o fiel. “Após a canonização, ficou decidido que o dia do santo seria 11 de maio”, conta. Data em que o papa oficializou a santidade do frade em missa no Campo de Marte, na Capital.

Para os devotos mais antigos, porém, 25 de outubro será sempre o dia de homenagear o franciscano nascido em Guaratinguetá em 1.739 e reconhecido em todo o País por suas pílulas milagrosas.

Criado para curar um doente, há mais de 200 anos, o ‘remédio santo’ é distribuído diariamente no mosteiro construído por Galvão, na Luz. A oração que alimenta a fé dos devotos é escrita à mão, pelas irmãs enclausuradas, e reconhecida pelo Vaticano.



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