Na última reunião de 2006, o Copom (Comitê de Política Monetária do Banco Central) anunciou nesta quarta-feira mais um corte de 0,5 ponto percentual da taxa básica de juros da economia brasileira (Selic). Com a decisão, a taxa passou de 13,75% para 13,25% ao ano, a menor registrada desde a criação do comitê, em 1996.
Essa é a oitava redução seguida e a 12ª desde setembro de 2005, quando o Banco Central iniciou o ciclo de queda da taxa. Na ocasião, a Selic caiu de 19,75% para 19,5%. O corte desta quarta foi da mesma magnitude dos últimos quatro encontros.
Na nota em que justifica a posição, o Banco Central diz que "avaliando o cenário macroeconômico e as perspectivas para a inflação, o Copom decidiu reduzir a taxa Selic para 13,25% ao ano sem viés, por cinco votos a favor e três votos pela redução da taxa Selic em 0,25 p.p.".
A Selic é utilizada pelo governo para manter a política de controle de inflação. Quando não há risco de alta da inflação no futuro, o Copom sente-se à vontade para reduzir a taxa. Quando os juros provocam uma corrida ao crédito a ponto de por em risco a meta de inflação, o comitê amplia.
Segundo o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), a meta oficial de inflação é de 4,5%, com uma margem de tolerância de dois pontos para cima ou para baixo. O último levantamento feito pelo Banco Central apontou que a expectativa do mercado financeiro é de que a inflação fique 3,15% em 2006.
A ata da reunião desta terça e quarta-feira será divulgada no dia 7 de dezembro. Os membros do Copom só voltam a se reunir no ano que vem, nos dias 23 e 24 de janeiro.