“Nós só queremos um pouco mais de dedicação das autoridades.” A afirmação de uma moradora do bairro Campestre simplifica o cenário encontrado por quem reside na tradicional área de Santo André.

Preservativos, papéis higiênicos usados, pinos de cocaína, garrafas plásticas, vidros e embalagens são facilmente encontrados jogados nas ruas do bairro.

A situação das ruas Marina, dos Coqueiros e da Avenida Industrial é de abandono total, mesmo com a manutenção feita por quem mora à beira da sujeira. À luz do dia ou à noite, moradores flagram constantemente diversas travestis trafegando pelo local, utilizando drogas e dormindo na calçada. Brigas, gritarias e correrias também são comuns nos arredores.

“A água vem descendo, todos os dejetos deles param aqui e o cheiro é complicado. Não posso andar com a minha neta de 2 anos na calçada porque está cheio de coisas”, conta Maria Célia Carvalho, 63 anos.

Trabalhar com comida em locais próximos ao problema é algo complexo. Comerciantes relataram diminuição no movimento, motivada pela sujeira.

A equipe do Diário esteve no local na segunda-feira e constatou garrafas plásticas, embalagens de salgadinhos e pedaços de vidro espalhados por áreas verdes do bairro. “Isso é uma beleza, fica tudo sujo, cheio de bituca de cigarro praticamente todo dia, cheio de urina e fezes”, reclama um comerciante que não quis se identificar.

Procurada pela equipe de reportagem, a Prefeitura de Santo André informou que o Semasa (Serviço Municipal de Saneamento Ambiental de Santo André) “mantém os serviços de varrição e coleta na região e que estes estão sendo realizados normalmente” nas ruas Marina, Coqueiros e Avenida Industrial.

O Paço ainda destacou que a GCM (Guarda Civil Municipal) mantém rondas diárias pelo bairro.