Setecidades Titulo Farmácia de alto custo
Estado aceita convite de secretários e propõe reunião extraordinária

Governo estadual disse estar disposto a retomar discussão para implantar projeto de descentralização da farmácia de alto custo do Mário Covas

Daniel Macário
do Diário do Grande ABC
14/01/2017 | 07:07
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Denis Maciel/DGABC


Um dia após prefeito e secretários do Grande ABC defenderem publicamente a retomada da discussão sobre a descentralização da farmácia de alto custo do Hospital Estadual Mário Covas, em Santo André, a Secretaria de Estado da Saúde declara estar disposta a realizar reunião extraordinária para debater o assunto. Conforme publicado ontem pelo Diário, municípios da região propõem assumir a distribuição dos medicamentos para aliviar o tempo de espera no equipamento estadual. A proposta já é discutida desde 2014.

Segundo a diretora do Departamento Regional de Saúde da Grande São Paulo, Vânia Soares de Azevedo Tardelli, a retomada do projeto, além de ser benéfica aos municípios do Grande ABC, tem sido objeto de discussões internas do governo estadual. “Sem dúvida nenhuma temos interesse em implantar a descentralização. Estamos plenamente abertos a novo diálogo com municípios da região. Se os prefeitos acharem necessário podemos agendar reunião extraordinária nas próximas semanas para colocar o tema em pauta.”

Embora ressalte, de modo geral, a dificuldade do Estado em efetivar o projeto durante os últimos anos, a diretora regional declara ver com bons olhos o interesse dos novos chefes do Executivo do Grande ABC. “Hoje diversas cidades já fazem essa distribuição própria, entre as quais Osasco. Já havíamos aberto canais na região para tirar do papel esse projeto, no entanto, ainda não tivemos êxito. Quem sabe agora não seja o momento?”

A proposta do Estado, segundo Vânia, seria que os municípios fossem responsáveis somente pelo gerenciamento do espaço, no qual os medicamentos seriam distribuídos. “Isso pode ser feito em qualquer unidade, seja ela robusta ou acanhada.”

Caso seja efetivada a descentralização da farmácia de alto custo do Mário Covas, o Estado seria responsável por toda a distribuição dos medicamentos até os municípios. “O governo estadual se compromete a mandar por malote os lotes para cada cidade. O farmacêutico, por sua vez, já está presente em todas as unidades.”

No ano passado, prefeitos da região chegaram a sugerir que os AMEs (Ambulatórios Médicos de Especialidades) de Santo André e Mauá recebessem o serviço. No entanto, a discussão não se efetivou.

Na ocasião, o governo estadual optou por implantar, em outubro, uma solução genérica para desafogar o atendimento da farmácia que, em média, recebe 2.000 pacientes por dia. Nela, 9.000 usuários, o correspondente a um quarto dos 36 mil atendimentos mensais, passaram a receber seus medicamentos a cada três meses. No entanto, segundo a porta-voz estadual, o procedimento ainda passa por ajustes.

“Até o momento temos realizados ajustes na operação, conforme feedback dos técnicos. Mês que vem deve estar tudo regularizado”, avalia.
 




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