Política Titulo Prova a 300 educadores
Kiko suspende concurso a professores promovido por Saulo

Paço diz que contratação feita por Saulo foi ilegal e garante que haverá admissões posteriormente

Felipe Siqueira
Especial para o Diário
08/01/2017 | 07:33
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Marina Rodrigues/PMRP


O prefeito de Ribeirão Pires, Adler Kiko Teixeira (PSB), suspendeu concurso público realizado em 2016, ainda na gestão de Saulo Benevides (PMDB), para professores da rede municipal. De acordo com o atual governo, 300 educadores foram chamados de forma irregular. A administração anterior não poderia realizar nenhuma ação, no período de 180 dias finais de gestão, que aumentasse os gastos com folha salarial, conforme rege a LRF (Lei de Responsabilidade Fiscal).

Segundo a presidente do Sineduc (Sindicato dos Trabalhadores da Educação), Perla de Freitas, o concurso foi realizado em meados de abril e, durante o ano de 2016, apenas 13 profissionais foram chamados. Mas, no mês de dezembro, Saulo mandou contratar mais de 300 pessoas.

“Os exames (para a contratação) já estavam sendo feitos. Perto do dia 12 de janeiro já seriam admitidos. Esta administração tomou posse e suspendeu, se embasaram na lei de responsabilidade fiscal”, afirmou Perla. “A decisão foi prudente.”

O grande problema, para ela, foi a falta de comunicação. Os professores não foram avisados corretamente sobre o que estava acontecendo. Muitos já haviam pedido demissão de onde trabalhavam, e, com a notícia, ficaram inseguros, com medo de ficarem sem emprego.
“(O prefeito) Assumiu compromisso que, a partir da semana que vem, vai retomar o processo de contratação. E que não tem intenção de reduzir o número de pessoas a serem chamadas, pelo menos, inicialmente”, comentou Perla.

Kiko recebeu parte da categoria, na manhã de sexta-feira, após mobilização de alguns professores no Paço. Na reunião, foi discutido o cronograma para as contratações. O ano letivo da cidade, para os professores, começa logo no início de fevereiro. Portanto, de acordo com Perla, as admissões deverão ser feitas de maneira “relâmpago”. “Eles foram transparentes. Nós colocamos a questão da insegurança que essa medida gerou. Semana que vem tem mais uma reunião para passar o cronograma de quando as pessoas serão contratadas”, disse.

Agora, os professores precisam aguardar um telegrama ou acompanhar pelo Diário Oficial os períodos de início. “Há um interesse da administração. Não tem como começar um ano letivo sem professor”, completou Perla.  




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