Setecidades Titulo Saúde
Combate à dengue terá R$ 1,2 mi
Vanessa de Oliveira
Do Diário do Grande ABC
04/01/2017 | 07:00
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Nario Barbosa/DGABC


 As sete cidades do Grande ABC receberão R$ 1,2 milhão do Ministério da Saúde para intensificar as ações de combate ao mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, zika vírus e febre chikungunya. No total, o governo federal repassará a todos os municípios brasileiros e ao Distrito Federal, R$ 152 milhões.

São Bernardo receberá R$ 370,7 mil; Santo André, R$ 322,3 mil; Mauá, R$ 205,7; Diadema, R$ 187,1; São Caetano, R$ 71,7 mil; Ribeirão Pires, R$ 54,6 mil e Rio Grande da Serra, R$ 21,9 mil.

Os recursos serão liberados em duas etapas. Na primeira, será enviado a partir da data da publicação da portaria (28 de dezembro). Para o Grande ABC, a primeira parcela corresponde a R$ 740,5 mil.

O repasse da segunda parte está condicionado ao cumprimento de alguns critérios, cujas informações deverão ser consolidas pelas Secretarias Estaduais de Saúde e repassadas ao Ministério até o dia 30 de junho. Um deles é que, em cidades com mais de 2.000 imóveis, como é o caso da região, as prefeituras deverão realizar o LIRAa (Levantamento Rápido de Índice de Infestação por Aedes aegypti).

O Diário questionou as administrações municipais sobre as ações que pretendem executar com o dinheiro, mas apenas Ribeirão Pires retornou. O Executivo afirmou que as iniciativas deverão ser detalhadas ainda neste mês.

Para a professora de Saúde Coletiva da FMABC (Faculdade de Medicina do ABC) Vânia Barbosa do Nascimento, as sete cidades deveriam se reunir para elaborar planejamento regional. A especialista ressalta ainda ser primordial o trabalho educativo com a população, além da necessidade de as secretarias de Saúde e de Serviços Urbanos investirem em trabalhos de conscientização e limpeza para evitar os criadouros do mosquito.

No dia 30 de dezembro, o Diário publicou reportagem que mostra que o Grande ABC está vulnerável a novo surto de dengue, como ocorreu em 2015. Isso porque ações ineficientes por parte de moradores e prefeituras, segundo especialistas, continuam permitindo o acúmulo de entulhos e água parada em diversos pontos.

“Precisa ser intensificado todo trabalho de detecção de larvas, e as secretarias de Serviços Urbanos precisam estar funcionando muito bem porque, às vezes, tem lixo que favorece para que tenha água parada. Então, a limpeza tem de ser intensificada”, salienta Vânia.

Dados divulgados por quatro prefeituras (Santo André, São Bernardo, Diadema e Mauá) ao Diário apontam que o número de casos autóctones (contraídos no próprio município) de dengue confirmados no ano passado teve queda de 74,52%. Foram 1.842 ocorrências contra 7.230 em 2015, época em que a doença matou seis pessoas.

O Brasil registrou, até 10 de dezembro, 1,4 milhão de casos de dengue. Considerando as regiões do País, Sudeste e Nordeste apresentam os maiores números, com 855,4 mil e 323,5 mil casos, respectivamente.




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