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Após chuva, hora é de calcular prejuízo

Dia seguinte ao temporal é também de muito trabalho de limpeza em Sto.André e Mauá

Victor Hugo Storti
Especial para o Diário
29/12/2016 | 07:00
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Marina Brandão/DGABC


Moradores de Mauá e Santo André, atingidos pela tempestade que castigou os dois municípios na tarde de terça-feira, ainda sofriam ontem com os transtornos e contabilizavam prejuízos. A equipe do Diário percorreu as ruas mais atingidas e encontrou diversos problemas, como árvores caídas e muita lama e sujeira nas áreas alagadas.

Na Rua Adelino Fontoura, na Vila Guaraciaba, em Santo André, uma árvore caiu no meio da rua e interditou trecho da via. De acordo com o ator Reginaldo Ferreira, 41 anos, já há algum tempo a árvore dava sinais de que poderia cair. “O temporal e o vento derrubaram. Nós tínhamos pedido várias vezes para a Prefeitura tirar, mas sempre falava que não podia fazer nada.”

Com a queda, fios da rede elétrica se romperam e a energia foi cortada em um trecho da rua. A vendedora Alemis Otramario, 67, reclamou dos transtornos. “Estamos sem luz e telefone desde as 16h de terça-feira e ninguém faz nada”, disse.

No mesmo bairro, mas na Rua Antônio Barreiros, outra árvore caiu e atingiu o telhado de duas casas vizinhas. O músico Donizetti de Souza, 60, morador de uma das residências, reclamava do prejuízo com as telhas quebradas com o impacto. “Quando ouvi o barulho saí de casa e vi que a árvore tinha caído. Já fui para a rua buscar o carro da minha filha. Já pensou se tem algum fio de energia no chão?”

Na Vila América, mais precisamente na Rua Nilo Peçanha, o técnico em eletrônica Lauro Sazaki, 60, contou que teve a casa invadida pela água da enchente. “O Córrego Guarará transborda sempre, e em questão de três minutos a água chega a dois metros de altura. Sorte que desta vez não foi tão forte e não passou de 1,5 metro. Mas prejuízo sempre tem, com comida e móveis. Na oficina que tenho nos fundos também perdi alguns aparelhos”, lamentou.

Já em Mauá, no Centro, um posto de gasolina que fica em frente ao Teatro Municipal foi completamente tomado pela água. A farmacêutica Camila de Assis, 26, ainda limpava a lama que invadiu as lojas de conveniência e de espetos, além de petshop, que ficam no posto, e já fazia as contas do prejuízo. “Entre mercadorias e equipamentos, passa dos R$ 500 mil. É um descaso total em Mauá, porque não limpam o piscinão”, afirmou.

O Daee (Departamento de Águas e Energia Elétrica), responsável pelo piscinão, afirmou, em nota, que o transbordamento foi causado pelo alto índice de chuva. Ainda segundo o comunicado, o equipamento passou por limpeza e desassoreamento em 2016. No entanto, a equipe do Diário encontrou acúmulo de lixo e mato no piscinão, além de o reservatório estar assoreado. 




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